
Poupança e pessoas, o motor do bem-estar financeiro
Por Sofia Mergulhão Roque, head of People Wellbeing na Cofidis Portugal
A preocupação com as finanças pessoais, muitas vezes agravada pela ausência de uma poupança que garanta segurança, é um dos principais motores de stress no dia-a-dia, e esta inquietação não diminui quando nos encontramos no local de trabalho. É persistente, manifesta-se silenciosamente através do absentismo, da ausência de energia ou motivação, e em última instância, traduz-se numa maior rotatividade de talento.
De acordo com as primeiras conclusões do European Working Conditions Survey (2024), os trabalhadores que enfrentam insegurança financeira, são mais propensos a relatar sintomas depressivos, níveis mais elevados de absentismo, menor capacidade de inovação, maior stress e conflitos entre a vida profissional e familiar. Este é o custo invisível da instabilidade financeira, um desafio que as empresas não podem ignorar, pois pode trazer consequências devastadoras na saúde dos seus colaboradores e interferir na performance do negócio.
Importa clarificar que o pilar do bem-estar financeiro vai além dos conceitos base de educação financeira. Mais do que ensinar a fazer uma boa gestão de dinheiro, é preciso trabalhar lado a lado para se construir um estado de segurança e controlo que permita tomadas de decisões confiantes, e ter a resiliência necessária para enfrentar imprevistos, graças a uma poupança estratégica e um fundo de emergência sólido.
Mas como podem as empresas passar da teoria à prática? Como podem ajudar as suas equipas a prosperar e transportá-las para uma zona de conforto financeiro? A resposta proactiva, passa por uma abordagem integrada. Se, por um lado, os programas de formação personalizados podem dar resposta a necessidades como a criação de um fundo de emergência, estratégias de poupança para objectivos específicos (educação, saúde, habitação, entre outros) ou optimização de investimentos, por outro lado, a consultoria financeira personalizada também permite esclarecer dúvidas e traçar planos adaptados que, na maioria das vezes, se transformam em casos reais de evolução em termos de gestão financeira, ajudando os colaboradores a identificar onde podem poupar e como podem maximizar os seus rendimentos.
A existência de políticas salariais adaptadas ao mercado, aliada à oferta de um pacote de benefícios que apoia os colaboradores em matérias essenciais como a saúde, educação, mobilidade e reforma (entre outros), e à existência de um plano de benefícios flexíveis com vantagens fiscais para os colaboradores, contribuem para, por um lado, tornar o orçamento mais adaptado ao contexto e, por outro, garantir que cada pessoa direcciona o apoio para onde mais precisa, incentivando uma gestão financeira mais sustentável, a poupança a longo prazo e a construção de um futuro mais seguro.
A disponibilização de ferramentas digitais de planeamento orçamental, também ajuda a uma gestão de finanças pessoais mais autónoma e informada, o que facilita a identificação de oportunidades de poupança e o acompanhamento do respectivo progresso. De referir ainda, a importância de criar e desenvolver uma cultura de diálogo aberto, onde falar sobre dinheiro não é tabu.
Investir no bem-estar financeiro não é um custo, mas sim um investimento no activo mais importante de qualquer organização: as suas pessoas. É com esta premissa que a Cofidis investe, simultaneamente, no pacote de remuneração e benefícios dos colaboradores, na literacia para a gestão de finanças pessoais (integrando a gestão de um orçamento, a poupança e o investimento) e no apoio financeiro especializado (apoio à tomada de decisão e na gestão de potenciais situações de descontrolo orçamental). Colaboradores financeiramente seguros, têm maior aptidão para inovar e crescer, impulsionando o sucesso sustentável do negócio.