Pressão salarial está a aumentar em Portugal

O País apresenta um dos mais elevados níveis de pressão salarial em sectores altamente qualificados como as Tecnologias da Informação, sendo ultrapassado apenas pela Suécia e pela Nova Zelândia. É o que nos mostra a sétima edição do Hays Global Skills Index, um relatório publicado pela Hays, em colaboração com a Oxford Economics.

 

De acordo com os dados analisados pelo estudo da empresa de recrutamento especializado, o mercado de trabalho não está a conseguir formar profissionais qualificados suficientes, e os salários estão a crescer a uma velocidade superior à dos praticados em sectores onde é exigida menor qualificação.

Portugal apresenta o segundo valor mais elevado de pressão salarial (9,9, numa escala de 1 a 10) em sectores altamente qualificados. Num conjunto de 33 países analisados, apenas a Suécia e a Nova Zelândia registam valor mais elevado, ambos com 10.

Esta dinâmica salarial não se estende, no entanto, à realidade dos profissionais qualificados em geral, sendo um fenómeno restrito a sectores muito específicos.

O índice, que mede a facilidade das empresas em ter acesso a profissionais qualificados, revelou que o principal factor por trás deste aumento é o crescente desequilíbrio entre as skills que os profissionais possuem e aquelas que são exigidas pelos empregadores. Esta tendência foi observada em quase metade dos mercados avaliados (16 de 33) e é realçada por um número crescente de ofertas de emprego disponíveis, associadas a uma taxa mais elevada de desemprego de longa duração.

Portugal encontra-se no top 10 de países com maior desequilíbrio entre procura e oferta de competências, com uma avaliação de 9.4 nesta categoria.

De acordo com o estudo, o crescimento económico global não está a gerar a melhoria esperada na produtividade ou no crescimento dos salários.

Os países analisados foram Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Colômbia, Chile, China, República Checa, Dinamarca, França, Alemanha, Hong Kong, Hungria, Índia, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, Malásia, México, Holanda, Nova Zelândia, Polónia, Portugal, Rússia, Singapura, Espanha, Suécia, Suíça, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos da América.

Consulte o estudo aqui.

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