Profissionais em trabalho remoto estão a sofrer bullying. Os números são significativos

O Bureau of Labor Statistics dos EUA divulgou recentemente que cerca de 4,5 milhões de americanos deixaram os seus empregos de forma voluntária em Novembro de 2021. Na análise que fez ao dados, o estudo chama a atenção para o facto de que estes profissionais deixaram os seus lideres e não os seus empregos, pois entraram em conflitos ou sofreram situações de bullying.

 

Esta situação tem vindo a levar as empresas a questionarem-se de que forma podem garantir que os seus lideres e gestores estejam realmente preparados para liderar e para gerir, evitando e prevenindo o mais possível situações de abuso.

De acordo com o estudo realizado em 2021 sobre o bullying no local de trabalho nos EUA, 30% dos profissionais declararam sofrer de bullying no trabalho, sendo que o mesmo estudo concluiu que 43% dos trabalhadores em trabalho remoto também estão a sofrer com esta situação.

A mesma pesquisa revelou que 76,3 milhões de trabalhadores sofrem assédio moral no local de trabalho. O Workplace Bullying Institute, entidade responsável pelo estudo, define o bullying como “maus-tratos repetidos e prejudiciais à saúde por um ou mais funcionários por parte de outro funcionário”. Para a referida entidade o bullying inclui:

  • abuso verbal
  • conduta ofensiva
  • intimidação
  • combinação dos anteriores

A maioria das situações podem não ser ilegais, mas tornam o local de trabalho num espaço bastante desagradável e desconfortável. Perante tais comportamentos, importa que os Recursos Humanos intervenham para que cessem, trazendo maior tranquilidade às empresas e às organizações.

Assim, é de extrema importância que os Recursos Humanos implementem determinadas politicas com vista à prevenção e resolução de situações de  bullying, como:

  • Elaborar uma política antibullying – ter por escrito uma política sólida que detalhe explicitamente comportamentos intoleráveis ​​e de bullying na empresa, pode definir a tolerância zero para o assédio moral no local de trabalho.
  • Ter um plano para reclamações e violações – a organização deve ter uma forma de registar reclamações acessível a todos
  • Melhorar a comunicação e a transparência na organização – a situação deve ser abordada conversando com o agressor, pois melhorando a comunicação pode ajudar as pessoas a desenvolverem respeito

Criar uma política de tolerância zero para comportamentos abusivos, educar os colaboradores sobre como interagirem de forma adequada  e ajudá-los a melhorar suas skills de comunicação pode, de forma real e efectiva, ajudar a acabar o bullying e os locais de trabalho tóxicos.

 

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