Profissionais portugueses cada vez mais afectados pelo stress

Os profissionais portugueses estão a ficar mais stressados, revela o último estudo realizado pela Regus, o maior fornecedor de locais de trabalho flexíveis a nível mundial.

O inquérito, que recolheu as opiniões de mais de 16 000 profissionais de todo o mundo, mostra que mais de metades dos profissionais portugueses (57%) afirmam que os seus níveis de stress aumentaram ao longo do último ano.

Pensa-se que um número de factores nacionais como o desemprego, a retracção empresarial e as medidas impostas pela Troika e pelo Governo, bem como a persistente instabilidade da economia mundial, contribuíram para alimentar este aumento de pressão e os profissionais inquiridos confirmam que a maioria dos factores de stress têm uma natureza profissional e não pessoal, sendo que o emprego, os clientes e as finanças pessoais aparecem no topo da lista de causas.

O estudo também se concentrou nas possíveis soluções e mostra que mais de metade dos inquiridos portugueses (56%) identificam a flexibilidade do trabalho como um modo de diminuir o stress.

Os principais resultados são:

• As principais causas de stress são: trabalho (69%), clientes (51%) e finanças pessoais (48%);

• 56% dos inquiridos referem que a flexibilidade do trabalho reduz o stress;

• Bastante mais de metade (67%) dos inquiridos pensam que a flexibilidade do trabalho é mais benéfica para a família;

• Com 52% dos inquiridos a afirmar que a flexibilidade do trabalho também é mais económica do que o trabalho em localizações fixas e 85% disseram que melhora a produtividade e que ajudar as equipas a lidar com o stress é eficaz e pouco dispendioso;

• Globalmente, os profissionais de pequenas empresas são mais passíveis ao stress provocado por clientes (42%) do que profissionais de grandes empresas (27%), mas são menos contrariados pelos superiores (20%) do que os seus homólogos de empresas de maior dimensão (40%);

Nuno Condinho, Country Manager da Regus para Portugal e Espanha comenta: «Não há dúvida de que os profissionais stressados também são infelizes e menos saudáveis, por isso, as empresas que queiram ajudar os seus profissionais a ter vidas mais gratificantes não podem deixar de analisar e combater os níveis de stress nas suas organizações. Ainda assim, o peso do stress não recai apenas sobre os profissionais mas também sobre as empresas, uma vez que os seus profissionais, além de não terem o desempenho exigido, necessitam de mais baixas médicas e são menos eficientes».

«Confirmando o estudo anterior da Regus que mostrava que 58% dos profissionais se sente mais saudável como consequência directa da flexibilidade do trabalho, os inquiridos identificam claramente a flexibilização do trabalho como uma possível solução para os seus altos níveis de stress. Além disso, também referem que a flexibilidade é mais benéfica para as famílias, ajudando-os a melhorar o seu equilíbrio geral entre a vida profissional e pessoal e o seu bem-estar. Acrescente-se a este ponto a crença de que a flexibilidade do trabalho aumenta a produtividade e é mais económica do que o trabalho de escritório tradicional e os argumentos para ajudar os empregados a reduzir o nível de stress através do aumento da flexibilidade tornam-se significativos».

Os níveis de stress continuam a aumentar em todo o mundo, com os trabalhadores a ficarem cada vez mais próximos de situações de “esgotamento”. A curto-prazo, isto representa a perda de capital humano valioso e uma diminuição de produtividade, enquanto os profissionais travam uma batalha com problemas de saúde relacionados com o stress, insónias e exaustão, sendo que os efeitos desta pressão a longo-prazo são ainda difíceis de prever e poderão ser desastrosos.

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