Quais os desafios mais críticos para as marcas em tempo de pandemia? Este estudo dá a resposta

As mudanças no mercado desencadeadas pela pandemia e o surgimento de novos modelos de negócio representam o factor externo mais crítico para 47% responsáveis de marketing e para as suas organizações nos próximos meses. As mudanças nos valores do consumidor são o segundo factor mais apontado, com 39%. As conclusões são do estudo “Desafios do Chief Marketing Officer”, divulgado pela LLYC.

 

Num segundo nível de importância estão o surgimento de novas tecnologias (32%), a possibilidade de novas crises sanitárias (32%) e a regulamentação legislativa global (26%).

A maioria dos entrevistados reconhece ter optado por apostar na publicidade digital, que cresceu cerca de 66% com ofertas e promoções nos seus canais próprios das marcas ou de terceiros. As restantes acções publicitárias foram suspendidas ou contidas. Segundo os dados apurados, as acções de comunicação e marketing mais caras, como é o caso da publicidade nos meios tradicionais, registaram uma queda de 64%, enquanto que as acções de branded content diminuíram, neste período, cerca de 60%.

Depois do digital, o grande destaque é das relações públicas, que foram consideradas por 46% dos inquiridos uma prioridade mais destacada nos dias de hoje.

Outra conclusão do estudo realizado pela LLYC aponta para o facto de a experiência do consumidor e a procura de segurança e confiança se tornarem um desafio fundamental para os chief Marketing officer (CMO) e para as suas organizações. Nesse sentido, fortalecer o atendimento ao cliente e apostar em certificações de segurança e qualidade são as acções de maior prioridade para 79% dos inquiridos.

De acordo com esta pesquisa, a pandemia redobrou o compromisso das empresas para com a sociedade. Entre as questões mais importantes, está a preocupação com a segurança pessoal, a convivência e o respeito e cuidados com os idosos. No entanto, os desafios e acções associados à segurança e convivência pessoal são as mais prioritárias e a escolha de mais de 75% inquiridos.

Em relação aos outros tópicos, as prioridades dos CMO que mais aumentaram foram a sustentabilidade ambiental, resíduos e alterações climáticas (com um aumento de 32% na escala de prioridade); o estímulo dos jovens (com um aumento de 29%); e a escolaridade e educação (também com 29%).

Os responsáveis entrevistados acreditam que melhorar a eficiência e o impacto do seu actual modelo de negócio (referido por 91% dos inquiridos) e adaptar os seus produtos e serviços existentes (88%) é a chave para lidar com as mudanças extraordinárias do actual contexto.

Apesar de comprometidos em adaptar as suas propostas ao mercado e aos novos comportamentos dos seus clientes, 69% dos responsáveis tem como prioridade a captação de novos clientes também.

Aumentar a colaboração entre todas as áreas da empresa, antecipar a análise constante de possíveis cenários futuros e acelerar a superação de desafios são os três factores em que os entrevistados estão a apostar enquanto organização. A promoção da colaboração entre áreas e departamentos torna-se o principal desafio organizacional, sendo a prioridade para manter ou aumentar para 98% dos inquiridos. A necessidade de analisar cenários orientados para o futuro é o desafio que mais cresceu em termos de preferência para os inquiridos com 76% das empresas.

O objectivo foi conhecer os principais desafios e as prioridades mais actuais dos responsáveis de marketing das marcas após o surgimento da COVID-19.

O estudo contou com a participação de cerca de 100 responsáveis de marketing de empresas líderes em vários sectores de actividade na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal, Panamá, Peru e República Dominicana. Em Portugal, participaram marcas como JLL, Delta Cafés, Pescanova, St. Julian’s – International School, L’Oreal Professionnel, SIBS, Prio, Unilever, Porto Business School, Sonae Sierra, Minor Hotels e BMCar.

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