Qual a ligação entre a felicidade e a Inteligência Emocional?

A única coisa que nos impede de alcançar a felicidade são os obstáculos criados por nós. Mas as pessoas bem-sucedidas no trabalho são as mais felizes? Veja como pode criar a sua própria felicidade.

 

Como é que se constrói um negócio bem-sucedido, se alcança um determinado potencial ou se é promovido? São estas as pessoas felizes, certo? Muitas vezes, esta ideia de que a felicidade no emprego está apenas a alguns objectivos cumpridos de distância leva-nos a uma obsessão com o sucesso pessoal. Concentramo-nos tanto em cumprir o próximo objectivo, que é o principal foco da nossa vida.

De acordo com Richard Shell, professor de Wharton e autor de “Springboard: lançar your personal search for Success”, essa é uma “definição externa de sucesso” – aspectos que se focam na construção de uma carreira longa, na recepção de conhecimento e objectivos.

Mas o problema com os “externos” é que não são universais ou uma fonte sustentável de felicidade. Se basearmos a definição de sucesso em factores externos como dinheiro e influência, por exemplo, então nunca teremos o suficiente.

Em vez disso, nas palavras de Travis Bradberry, autor e presidente da TalentSmart “quando se trata do que nos faz feliz, tem de se ver o que resulta para cada pessoa”.

A prática de conhecer e entender o que o torna feliz é denominada inteligência emocional e de acordo com Bradberry, é uma competência crítica, e as pessoas felizes tendem a ter isso em comum. O autor partilha três formas de criarmos a nossa própria felicidade:

Não deixam que o que não podem controlar afecte as suas vidas 

Sejam os sentimentos de outras pessoas, velhos erros, ou futuros eventos, as pessoas emocionalmente inteligentes não deixam factores externos tomar o controlo da sua felicidade. Em vez disso, tendem a focar-se no impacto positivo do que podem fazer agora. Não foi promovido? A apresentação não correu bem? Não se preocupe. Foque-se em aprender com isso e maximizar os momentos, a felicidade vem a seguir.

 

Vivem e morrem com os seus valores 

Pessoas emocionalmente inteligentes entendem que a felicidade vale sacrifícios a curto-prazo. Pode virar as costas agora e ultrapassar a situação, mas o caminho de menor resistência está cheio de arrependimentos. Quando o momento passar, tudo o que resta são remorsos e desapontamento – não vale a pena. Se questionado com algo que não se sente confortável, ou se questiona se está ou não a fazer a coisa certa, considere a sua moral. É um guia. Ao final do dia, tem de viver com as decisões que toma.

Acreditam que a vida é um processo de aprendizagem 

Ou seja, têm um raciocínio baseado no crescimento. Sugere que o potencial de uma pessoa é apenas limitado no esforço que estão capazes de fazer, não por “sorte”. Adoram experimentar e tentar coisas novas. Vêem novas oportunidades como formas de atender e abraçar desafios por vontade própria, mesmo que as hipóteses de falhar sejam altas. Falhar é uma parte da aprendizagem, não um indicativo de competência. Todos os dias, as vozes negativas nas nossas cabeças dizem-nos o que não podemos fazer e qual o nosso destino. As pessoas emocionalmente inteligentes não as ouvem.

Aprender o que nos faz mexer e definir o nosso próprio significado de sucesso é crítico, para encontrar a felicidade. Se salta de objectivo cumprido para objectivo cumprido, em busca do sucesso, respire fundo e considere o que leu.

Este texto foi originalmente escrito por Michael Schneider, para a revista Inc. 

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