Qual o impacto de uma mudança inesperada de CEO?

Um estudo da Strategy& aponta para 100 mil milhões de prejuízo no valor dos accionistas, perante uma transição não planeada.

Despedir colaboradores tem sempre impacto financeiro nas empresas, mas uma saída não forçada do CEO pode ter consequências drásticas para as organizações e os accionistas. A Strategy&, da rede PwC, analisou 2 500 das maiores empresas públicas do mundo e concluiu que o retorno total médio para o accionista decresce em 13%, em relação ao ano anterior à mudança de CEO. Caso a sucessão seja planeada o impacto é apenas de menos 0,5%.

No ano que se segue, o retorno só recupera em 0,6%, face a 3,5% em mudanças previstas e projectadas, de acordo com o 15.º estudo anual de CEOs, Governo, e Sucesso da Strategy&, que examina a rotatividade de CEOs, bem como as transições de entrada e saída de CEOs em 2 500 organizações mundiais.

Contudo, as mudanças planeadas de CEOs estão a aumentar, tendo passado de 63% no período 2000-2002 para 82% dessa altura até 2014. Quase oito em cada dez empresas (78%) que estavam em processo de sucessão planeada no ano passado, promoveram alguém dentro da empresa para ocupar o cargo de CEO.