Qual será o grande tema na gestão de pessoas em 2022?

A pandemia veio alterar o paradigma do trabalho. Mas se algumas tendências – uma, principalmente – regressaram em força, outras perderam “lugar” para uma tendência que nem aparecia nas agendas dos gestores no início de 2020. Nesta 39.ª edição do Barómetro Human Resources contamos ainda com os comentários de 14 especialistas.

 

Por Ana Leonor Martins

 

Como já vem sendo habitual no início de cada ano, focámos este primeiro Barómetro Human Resources de 2022 em tendências, principais desafios e grandes temas que se perspectivam para o novo ano, no mundo da Gestão de Pessoas e do trabalho. O objectivo é não só “medir o pulso” aos líderes desta área (e não só) em muitas das principais empresas em Portugal, de sectores diversificados, mas também comparar como as tendências e os desafios estão a evoluir.

A pandemia, já se sabe, veio impactar drasticamente o mundo do trabalho, das empresas e dos profissionais. Em Janeiro de 2021, registámos uma completa inversão nas tendências registadas no ano anterior, em diferentes variáveis, nomeadamente a evolução do emprego (gráfico 1). Se no início de 2021 apenas 6% dos inquiridos previam uma diminuição do emprego (enquanto 51% acreditavam que ia aumentar), um ano depois a percentagem aumentou para 76%, com 7% a acreditarem que se iria manter.

Em 2022, não só volta a reduzir significativamente a previsão de diminuição do emprego em Portugal (cifrando-se em 16%), como a perspectiva de aumento supera as do período pré-pandemia, com 46% a acreditarem que o emprego vai aumentar entre 0,1 e 3% e 19% entre 3 e 5%, num total de 65%. Já 17% estão mais conservadores e perspectivam que o emprego se mantenha nos níveis de 2021.

Este optimismo é corroborado quando se pede uma projecção para a evolução do número de colaboradores na própria empresa (gráfico 2). A percentagem reduz em relação à perspectiva macro, mas não muito, com 60% dos especialistas a assegurarem que a sua empresa irá contratar (o ano passado menos de metade tinha esta visão – 24%): 34% afirmam que o número de colaboradores na sua empresa vai aumentar entre 0,1 e 3%, 15% dizem que aumento será entre 3 e 5% e 11% esperam mesmo que ultrapasse os 5%. No espectro oposto estão 19% dos inquiridos que admitem que na sua empresa o headcount vai diminuir, sobretudo entre 0,1 e 3% (13%), enquanto 21% acham que o número de colaboradores se irá manter (em 2021 foi a percentagem que se destacou, com 41% das respostas).

 

Fique a conhecer todos os resultados do XXXIX Barómetro Human Resources na edição de Janeiro (nº.133) da Human Resources, nas bancas  (se preferir comprar online, tem disponível a versão em papel ou a versão digital).

Conheça também o comentário dos especialistas:

– Luís Antunes, People Experience director da PHC Software

– Rui Mendes da Costa, director corporativo de Recursos Humanos da Águas de Portugal

– João Zúquete da Silva, chief Corporate officer da Altice Portugal

– Nuno Cardoso Filipe, director Executivo de Pessoas e Organização do Banco BPI

– Nelson Pires, director-geral da Jaba Recordati Portugal, Recordati UK/Recordati Ireland

– Catarina Tendeiro, directora de Pessoas e Organização do Grupo Ageas

– Sara Silva, directora de Relações Humanas da L’Oréal Portugal

– Isabel Borgas, directora de Pessoas e Organização da NOS

– Luís Sítima, Managing partner Odgers Berndtson Portugal

– Nuno Gonçalo Simões, director de Capital Humano da PwC

– Catarina Horta, directora de Capital Humano do novobanco

– Mariana Canto e Castro, directora de Recursos Humanos da Randstad Portugal

– Pedro Ribeiro, director de Recursos Humanos do Super Bock Group

– Paulo Silva, director de Recursos Humanos da SIVA

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