Quase 40% das empresas de restauração e bebidas pondera avançar para insolvência

No sector da Restauração e Bebidas, 38% das empresas ponderam avançar para insolvência dado que a maioria refere que não irá conseguir suportar os encargos habituais, como pessoal, energia, fornecedores e outros, a partir do mês de Julho. Os resultados são de um inquérito da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).

 

Durante o mês de Junho, mais de 24% das empresas a registaram perdas de facturação superiores a 40%, 22% com quebras superiores a 60%, e 12% com uma quebra acima dos 90%.

O inquérito indica ainda que, o acesso ao lay-off simplificado para apoio ao pagamento de salários tem sido uma constante desde Abril, com mais de 87% das empresas recorreram a este mecanismo, tendo 93% prorrogado para Maio, 76% para Junho, e cerca de 69% tenciona prorrogar para Julho.

Sem o apoio do lay-off em Julho, mais de 54% das empresas referem que não terão condições para pagar salários no final do mês. No que respeita aos salários de Junho, o inquérito revela que mais de 17% das empresas não conseguiram efectuar o pagamento e 15% só pagou parcialmente.

Com esta realidade, mais de 22% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano, e 70% das empresas ainda não sabem se vão conseguir manter o total dos seus trabalhadores.

O inquérito revela ainda que até ao final de Junho, 24% das empresas de Alojamento Turístico continuavam encerradas e durante todo o mês, mais de 47% das empresas não registaram qualquer ocupação e 41% indicou uma ocupação até 25%. Estes resultados traduzem-se numa quebra homóloga superior a 90% na taxa de ocupação, referida por mais de 54% das empresas.

A tradicional “época alta” (Julho a Setembro) indicia que 46% das empresas não esperam uma taxa de ocupação acima dos 25%, e cerca de 17% das empresas perspectivam uma ocupação entre 25% e 50%.

Perante este cenário, 18% das empresas ponderam avançar para insolvência caso não consigam suportar os encargos, e 45% não sabe se avança ou não para insolvência.

O acesso ao lay-off simplificado para apoio ao pagamento de salários intensificou-se desde Abril. Cerca de 42% das empresas recorreram a este mecanismo, 76% prorrogou para maio, 70% para Junho, e cerca de 60% tenciona prorrogar para Julho.

Sem o apoio do lay-off em Julho, 42% das empresas referem que não terão condições para pagar salários no final do mês, sendo que mais de 27% das empresas não conseguiu efectuar o pagamento dos salários em Junho e 12% só o fez parcialmente.

Com esta realidade, mais de 12% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano, e 62% das empresas ainda não sabem se vão conseguir manter a totalidade dos seus trabalhadores.

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