Quase 40% dos jovens acreditam que a comunicação é a competência mais importante quando integram o mercado de trabalho

No âmbito do World Youth Skills Day, assinalado ontem a 15 de Julho, a Hays lançou um inquérito a cerca de 22.000 jovens sobre qual consideram ser a competência mais importante para si quando integram o mercado de trabalho. 36% dos inquiridos disseram que a comunicação era a competência mais importante, 25% disseram resolução de problemas; 21% iniciativa e 17% colaboração.

 

Este ano, o World Youth Skills Day dedicou-se a analisar o impacto da pandemia da COVID-19 nos mais jovens. As pessoas com idades compreendidas entre os 15-24 anos são as mais susceptíveis de serem severamente afetadas pela crise da COVID-19 em comparação com a população adulta. Segundo dados da International Labour Organization, em 2020, o emprego jovem caiu 8,7% em todo o mundo, em comparação com 3,7% dos adultos.

Mário Gonçalves, senior manager na Hays Portugal, refere que «o desemprego entre os jovens tem repercussões a longo prazo nas suas carreiras que, muitas vezes, resulta em períodos de desemprego mais frequentes e salários mais baixos. Para que possam reverter esta situação e melhorar a sua empregabilidade, os jovens devem assegurar que possuem as competências que os potenciais empregadores acreditam ser as mais importantes, necessitando então de demonstrar essas competências em cenários de entrevista».

Mário Gonçalves acrescenta que «para melhorarem as suas capacidades de comunicação, os jovens podem praticar as suas competências de entrevista com amigos e familiares, trabalhar a sua capacidade de apresentação, de falar em público ou interagir com diferentes pessoas através de eventos de networking ou feiras de emprego».

O desenvolvimento de competências foi seriamente afectado em resultado da pandemia, tendo a formação sido interrompida para 86% dos trainees e 83% dos estagiários. De maneira geral, os jovens são também quem mais exerce funções nos setores mais impactados pela pandemia, como o retalho ou o turismo.

Além disso, os jovens são também mais propensos a trabalhar em empregos temporários ou a tempo parcial. Os que não conseguem encontrar um emprego terão mais dificuldade em desenvolver as suas competências laborais, o que reduzirá as suas perspetivas de emprego e o seu potencial de ganhos no futuro.

Mário Gonçalves conclui que «a previsão é que a população jovem cresça cerca de 80 milhões entre 2021 e 2030. Por isso, é importante que tenham as competências necessárias para alcançarem o sucesso no futuro. A chave para isso é a educação e a formação. E isso, tanto é da responsabilidade deles próprios como das empresas».

A Hays realizou a sondagem no LinkedIn entre 25 de Junho e 2 de Julho.

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