Quase 50% das PMEs perdeu mais de metade do seu volume de negócios desde o início da pandemia

De acordo com um estudo da Sage, 47% das pequenas e médias empresas (PME) afirma ter perdido mais de metade do seu volume de negócios desde o início do período de pandemia. Conheça as restantes conclusões.

 

Adicionalmente, 12% das empresas reporta ter perdido pelo menos 20% do seu volume de negócios neste período, o que significa que 59% das empresas considera que o impacto desta crise tem sido “muito negativo” para os seus negócios. Segundo foi possível apurar, os sectores mais afectados foram o do turismo, da restauração, comércio por grosso, banca e seguros, imobiliário e ainda o de comércio/oficinas automóveis.

Por outro lado, apenas 17% das empresas inquiridas afirma não ter sido afectada pela situação, maioritariamente empresas nos sectores de consultoria e contabilidade.

O estudo indica também que a maioria das empresas inquiridas (82%) afirmou continuar em funcionamento, das quais 44% reporta estar a funcionar de forma parcial e 38% a funcionar em pleno. Das restantes, 15% contava reabrir até 1 de Junho e 1% viu-se obrigada a encerrar de forma definitiva São ainda vários os negócios que se encontram suspensos sem data de reabertura.

O mesmo estudo mostra que a aplicação do lay-off, em particular, teve implicações quase imediatas para as empresas em termos de gestão de Recursos Humanos. Das PME que participaram no estudo, 34% admitiu ter recorrido a esta medida (de forma total ou parcial).

Adicionalmente, 24% das PME recorreu ao teletrabalho (total ou parcial) e 16% teve de reduzir o número de colaboradores, quer através da não renovação de contratos, do cancelamento de novas contratações ou mesmo através de despedimento. Ainda assim, cerca de 39% das PME revela não ter aplicado nenhuma das medidas disponíveis para o apoio ao emprego.

No que toca ao apoio económico e financeiro, 47% indica não ter recorrido a quaisquer medidas apresentadas. Entre as restantes, destaca-se que 28% diferiu os pagamentos à segurança social; 25% que diz ter fraccionado o pagamento de obrigações fiscais ou contributivas, para melhor suportar as despesas; 22% que se candidatou ao programa de créditos de apoio às empresas; e ainda 21% que pediu moratórias em relação a créditos já existentes. São várias, também, as PME a reportar não ter acesso a qualquer apoio, devido à natureza da sua actividade ou constituição da sua empresa.

O estudo revela ainda que 36% das empresas inquiridas indica não conseguir estimar um prazo para recuperar o volume de negócios para os valores registados antes do período de pandemia, tendo em conta o momento de grande incerteza que ainda se vive.

Numa perspectiva mais optimista, mais de 21% das empresas inquiridas estima poder recuperar ainda até ao final deste ano. Este número está muito dependente dos sectores de actividade das PME – os que se destacam pelo lado positivo da recuperação são os serviços de estética/cabeleireiros, os transportes, os serviços de informática e ainda o sector do ensino.

A Sage realizou este inquérito junto de 1778 empresas nacionais para compreender o impacto da pandemia nos seus negócios bem como as expectativas em relação à recuperação económica.

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