Quase 70% das empresas querem manter teletrabalho para todos os colaboradores no pós pandemia

A maioria das organizações (67,61%) quer manter o teletrabalho para todos os colaboradores período pós-pandemia, desde que as respectivas funções o permitam. A conclusão é do relatório “Teletrabalho: Tendências e Políticas em 2021”, da Aon.

 

Para além destas, 17,61% apenas irão disponibilizar este tipo de trabalho para alguns departamentos específicos, e outras 1,41% apenas a colaboradores mais seniores. Já os restantes 13,38% das empresas admitem aplicar outros critérios de elegibilidade.

Ao nível do teletrabalho, as empresas estão ainda a perspectivar o número de dias de home office a disponibilizar aos seus trabalhadores, com 34% das empresas a apontar para três dias de teletrabalho, seguidas de outras que preferem aplicar cinco dias (24%), dois dias (23%), um dia (13%), e quatro dias (6%).

De acordo com este estudo, que analisa as práticas e políticas que as empresas estão a definir ao nível do trabalho remoto para o período pós-pandemia, 58,67% das empresas já implementaram uma política de trabalho remoto, adaptada à nova realidade laboral.

Segundo as empresas inquiridas, os principais benefícios que poderão vir a ser ajustados ou adicionados são os planos de benefícios flexíveis (apontados por 49,57% das organizações participantes), a instalação de internet móvel ou em casa dos colaboradores (38,46%), seguidas da adopção de programas de apoio à saúde mental e da aquisição de mobiliário de escritório para cada trabalhador (ambas com 37,61%), sendo, a maioria destes (45,45%), atribuídos em espécie, ou seja, através de uma atribuição directa no salário de cada colaborador.

Já sobre o impacto do teletrabalho noutras políticas das empresas, 50% das empresas acreditam que o pós-pandemia pode implicar uma revisão das políticas de higiene e segurança, enquanto que 47,17% referem as políticas de comunicação interna e 43,40% as políticas de cibersegurança.

O estudo indica ainda que além da alteração das políticas de higiene e segurança, para os escritórios esperam-se também transformações no seu espaço, com 34,34% das empresas inquiridas a querer reduzir a área ocupada, 10,10% a reduzir os espaços em open space, e outros 10,10% a pretender criar mais espaços de socialização. Já 35,35% das empresas não preveem qualquer alteração à estrutura dos seus escritórios.

Por fim, o relatório apresenta ainda os principais desafios que as empresas apontam para o trabalho remoto no período pós-pandemia. São estes a preparação das chefias para uma gestão remota (com 63,37% a apontar este desafio), os modelos de gestão de pessoas (54,46%) e o negócio/novos desafios com “novos” clientes (44,55%).

Este estudo contou com a participação de 156 empresas, na sua maioria portuguesas (58,82%).

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