Quatro pilares para “escalar” a inovação

Como uma cultura empresarial baseada na inovação ajuda as empresas a adoptarem as melhores práticas e a maximizarem o seu impacto.

 

Por Thomas Blood, Digital Innovation leader na Amazon Web Services, AWS

 

Imagine uma cultura empresarial que recompensa a experimentação, que usa mecanismos para trabalhar no sentido inverso, que oferece ferramentas para escalar a inovação, e que incentiva a manutenção de equipas com uma dimensão pensada e adequada, por forma a manter a agilidade. Consideramos que estes são os vectores fundamentais para a inovação. Em 2022, para se ser competitivo, é essencial ter em conta estes quatro pilares, algo que muitos parceiros e clientes da AWS – Amazon Web Services estão também a fazer, para desbloquearem o acesso ao sucesso e criarem uma cultura empresarial que esteja verdadeiramente focada em permitir que a tecnologia faça o seu trabalho.

 

Experimentação e recompensa
Como líder, certificar-se de que tanto a empresa, assim como os clientes têm tecnologia de ponta é apenas metade do caminho a percorrer rumo a um negócio de sucesso. É essencial que os líderes fomentem uma cultura organizacional orientada para a agilização do potencial que a tecnologia apresenta.

Os clientes AWS com maiores taxas de sucesso têm culturas de trabalho em que os líderes encorajam todos a experimentar, em prol dos clientes. O desenvolvimento de novas soluções deve levar os colaboradores a experimentar e testar rapidamente ideias, aprender com elas e seguir em frente.

Testar novas soluções é essencial para uma inovação bem-sucedida. Mas a organização tem de ter o desejo de experimentar. O Kindle é um bom exemplo de estar orientado para a experimentação. O mercado já oferecia alguns e-readers antes de a Amazon patentear o Kindle. Mas, para a Amazon, o objectivo não era vender e-readers; a sua ambição era que os seus clientes, em todo o mundo, tivessem acesso a livros em 60 segundos. Muitos ficaram perplexos com o facto de a Amazon ter criado o seu próprio concorrente, uma vez que a empresa já vendia livros em papel. Mas a Amazon não teve medo, porque o Kindle foi o resultado de ouvir o que os clientes desejavam. No fim, tanto as empresas de livros digitais como as de papel estão a prosperar.

A Ohpen, uma firma de software independente neerlandesa, criada por antigos bancários, transformou o seu profundo conhecimento dos clientes no seu principal activo. Conhecendo a fundo os inconvenientes dos sistemas tradicionais de tecnologia de informação bancária, a Ohpen ajuda os seus clientes a reinventar o software bancário, libertando-os dos antigos sistemas e implementando soluções inteiramente na cloud AWS. A Ohpen fornece aos bancos uma plataforma modular de administração de fundos mútuos de retalho e contas de poupança, e traduziu o seu conhecimento do mercado e dos clientes em sucesso empresarial. Ser “obcecado pelo cliente” significa organizar processos de desenvolvimento em torno dos clientes, o que influencia a inovação em cada passo do caminho.

 

Mecanismos para trabalhar no sentido inverso (backwards)
As boas intenções, por si só, não são suficientes para conseguir projectos bem feitos – há mecanismos que podem ajudar a desenvolver e testar novas ideias. Um é ter um processo empresarial bem definido ou uma ferramenta de produtividade, como o processo e a estrutura de trabalho Backwards, da Amazon. Trabalhar no sentido inverso significa que todas as ideias começam na perspectiva do cliente. Uma técnica de trabalho backwards é apresentar ao cliente cada nova ideia de negócio como se de um comunicado de imprensa se tratasse. O comunicado de imprensa inclui uma descrição de uma questão/problema, descrição da solução proposta, explicação sobre como esta solução resolve o problema, e uma citação imaginária do cliente. Isto enquadra o desafio, clarifica a oportunidade e explica porque é que a ideia vai deslumbrar os clientes. Ao utilizar um mecanismo que funcione ao contrário, quatro pontos cruciais devem ser respeitados: quem é o cliente; qual o desafio ou oportunidade do cliente; que parte da ideia é mais importante para o mesmo; e como será a sua experiência.

No seguimento do comunicado de imprensa, é criada uma área de perguntas frequentes (FAQ), para a qual os membros da equipa contribuem ao longo de todo o processo de inovação. Cada FAQ é um documento vivo que leva a equipa de desenvolvimento a antecipar e a responder às perguntas dos clientes o mais cedo possível. Uma boa FAQ esclarece ideias, antecipa perguntas da liderança e dos clientes, e serve de guia caso a empresa decida investir na construção da solução.

Trabalhar no sentido inverso é um mecanismo central no início da viagem para a inovação. Ajuda as equipas a perceber com antecedência se uma ideia merece o investimento, o que permite poupar tempo e dinheiro. Também ajuda as empresas a colocarem-se no lugar dos seus clientes e a explorar o problema do ponto de vista dos consumidores. Este mecanismo ajuda as empresas a manterem os clientes e os resultados que se querem obter no topo das suas prioridades.

 

Agilidade empresarial para a inovação em escala
É também fundamental não estabelecer limites sobre quem pode inovar. Todos na AWS, independentemente do seu papel ou nível, têm potencial para criar. Esta abordagem descentralizada significa que podem surgir ideias de todo o lado. Se a sua empresa tiver uma equipa de novos projectos, a mesma deve ser encorajada a pegar nas ideias e a desenvolvê-las – construir sobre as mesmas. Na AWS, os produtos e serviços são descentralizados e independentes. Isso permite agilidade e suporta uma rápida escalada, tanto internamente, como para os clientes. Baseamos as nossas soluções em microserviços, uma abordagem arquitectónica ao desenvolvimento de software, em que o mesmo é composto por módulos pequenos e independentes, que comunicam através de interfaces de programação de aplicações (API) bem definidas. Em vez de um monólito, utilizamos blocos de construção interligados, como os Legos.

 

Leia o artigo na íntegra na edição de Novembro (nº. 143)  da Human Resources, nas bancas.

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