Queda no número de horas trabalhadas pode ser de 4,8% no segundo trimestre do ano

A International Labour Organization (ILO) estimou que, a nível mundial, a queda no número de horas trabalhadas seja de 4,4% no primeiro trimestre do ano e 4,8% no segundo trimestre de 2021, equivalente a 140 e a 127 milhões de postos de trabalho a tempo inteiro.

 

De acordo com o relatório World Employment and Social Outlook – Trends 2021 da ILO, no qual são retratados os principais impactos da crise pandémica no mercado laboral mundial, as regiões que continuam a registar maiores perdas no número de horas trabalhadas, no primeiro e no segundo trimestre deste ano, são as Américas, a Europa e a Ásia Central.

O relatório mostra também que em 2020, a redução no número de horas trabalhadas, a nível global, é equiparada à perda de 255 milhões de postos de trabalho a tempo inteiro. A redução do emprego pode ser decomposta entre um aumento da inactividade (81 milhões de pessoas) e um incremento no número de desempregados (33 milhões), equivalente a perdas efectivas de emprego na ordem dos 98 milhões de pessoas.

Por seu lado, a diminuição no número de horas trabalhadas por parte dos que mantiveram o emprego, atingiu os 131 milhões de empregos.

Já  desemprego deverá tornar-se a principal componente do défice de empregos induzido pela crise, no final de 2022. Em 2022, o emprego total deverá superar o nível de 2019 em 66 milhões. Porém, este crescimento do emprego será insuficiente para fazer face ao incremento da população em idade de trabalho, entre 2019 e 2022.

O défice de empregos induzido pela pandemia deverá permanecer em 75 milhões de postos de trabalho, em 2021, e 23 milhões em 2022.

Este foi um resumo da Sixty Degrees das principais conclusões do relatório da ILO, em exclusivo para a Human Resources.

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