Quer começar a preparar a Agenda 2030 na sua empresa? Estes cinco passos são fundamentais

Em 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas estabeleceu os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), agregando 169 objectivos sob o nome de Agenda 2030. Já em 2022, este roteiro de actuação continua a ser, simultaneamente, um guia e um desafio para as empresas.
Neste sentido, a Expense Reduction Analysts em Portugal destaca cinco alavancas para uma transformação sustentável, para as empresas poderem preparar 2023 com os olhos postos em 2030.

1. Investir em energia limpa para um negócio saudável
Estima-se que, até 2050, o consumo de energia do mundo terá duplicado. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), nos próximos 10 anos serão criados na Europa entre 700 mil e um milhão de «empregos verdes» relacionados com a inovação sustentável e as energias renováveis.

Para que o sistema seja técnica e operacionalmente sustentável, é necessário assegurar a adaptação das centrais de produção de electricidade e das suas redes de distribuição. Estas garantirão um fluxo de electricidade contínuo e estável, integrando fontes de energia renováveis e permitindo a criação de novos serviços para os consumidores.

 2. Caminhar para uma mobilidade sem emissões
A “mobilidade sustentável” é um objectivo ambicioso, que deve ter em conta uma visão a 360° e saber com que meios e nível de eficiência energética é produzido o transporte de todos os “actores” directos (colaboradores) e indirectos (fornecedores) do mesmo.
O conceito de mobilidade está a evoluir para ser um serviço e não um bem, pelo que o pay-per-use será cada vez mais uma tendência. Algumas das opções que têm crescido enquanto tendências são também a compra em propriedade, o leasing financeiro, o aluguer a curto e médio prazos, o renting (aluguer operacional) e a partilha de recursos.3. Reciclar, reduzir e reutilizar
Todo e qualquer processo de fabrico de bens ou serviços implica um custo ambiental e, para o reduzir, há que optimizar materiais e resíduos, aumentando a sua vida útil. As empresas geram resíduos que são intrínsecos à sua actividade e têm de ser geridos corretamente, analisando-os em pormenor, tentando minimizá-los e evitar que acabem em tratamentos de eliminação.
Do ponto de vista dos fabricantes, a tendência fundamental deve ser a de aumentar a utilização de materiais recicláveis e, ao mesmo tempo, aumentar a percentagem de matérias-primas provenientes da reciclagem, reduzindo assim o consumo de materiais virgens.4. Inovar e digitalizar
A tecnologia e a digitalização devem tornar-se elementos-chave da sustentabilidade, promovendo melhores decisões com base no conhecimento e acelerando a realização da Agenda 2030. Tecnologias como a realidade virtual, IoT, Big Data, AI e novos sistemas de armazenamento baseados na cloud, permitirão soluções escaláveis, reduzindo simultaneamente o consumo de energia e as emissões de CO2.
Estima-se que a tecnologia 5G será capaz de criar valor social em 11 dos 17 ODS da ONU, e que a adopção do teletrabalho terá um impacto directo na vida dos colaboradores, no ambiente, na inclusão social, nas desigualdades de género e no desenvolvimento das populações rurais, entre outros.5. Aplicar os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência
2030 será uma década decisiva para os Estados-Membros da União Europeia e, em especial, para Portugal. Garantido o acesso aos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), há que garantir um país mais competitivo e sintonizado com as prioridades da Indústria 4.0., alinhadas com as dimensões do PRR: Resiliência, Transição Climática e Transição Digital.
O foco das empresas deverá estar na desmaterialização de processos de produção, criar canais de comercialização ou adoptar uma cultura de experimentação e inovação, essenciais para uma sociedade mais digitalizada.