Região de Coimbra aposta na agilidade e flexibilidade do trabalho com novos espaços de cowork

A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra viu aprovado o projecto «Espaço Cowork na Região de Coimbra», que permite a criação de espaços de trabalho em Cantanhede, Mealhada e Mira.

 

O projecto, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tem como objectivo «promover modos mais ágeis e flexíveis de desempenho do trabalho em funções públicas, designadamente através do teletrabalho, como potenciador da melhoria da conciliação da vida pessoal e profissional e reforço da atractividade», afirmou a CIM da Região de Coimbra, numa nota de imprensa enviada à agência Lusa.

Nesse sentido, são financiadas operações que visem a instalação daqueles espaços em edifícios existentes e ainda são elegíveis algumas obras de adaptação e aquisições dos equipamentos necessários.

O projecto procura potenciar o «investimento nas pessoas e na sua capacitação», fomentando o «digital e levando a uma potencial redução dos custos de contexto, fomentando a articulação entre a vida profissional e familiar».

De acordo com a CIM, com a visibilidade crescente do teletrabalho, que durante a pandemia permitiu que muitas actividades se continuassem a desenvolver e muitas outras surgissem, o cowork está a revelar-se «cada vez mais como a solução sustentável para as empresas/instituições que enfrentam um presente e futuro de trabalho híbrido».

Por isso, a CIM da Região de Coimbra aproveitou esta oportunidade para «dotar os seus concelhos de espaços desta natureza».

«O investimento na promoção de espaços cowork é essencial para o desenvolvimento do território da CIM Região de Coimbra, bem como para a conciliação da vida profissional com a vida pessoal e familiar dos trabalhadores da administração pública, o que justifica a pertinência deste projecto», frisou, citado na mesma nota, o presidente do conselho intermunicipal da CIM da Região de Coimbra, Emílio Torrão.

Para a CIM da Região de Coimbra, o teletrabalho pode constituir-se como um mecanismo de fixação de postos de trabalho em regiões menos populosas e, dada a crise energética actual, torna-se necessário «criar mecanismos que minimizem o seu impacto, sendo o teletrabalho um importante mecanismo» para a sua mitigação.

«Este modelo de desenvolvimento das actividades profissionais é uma oportunidade para a descentralização e desconcentração gradual da administração pública, modificando o paradigma de prestação de trabalho a partir de um único local», concluiu Emílio Torrão.

A Comunidade Intermunicipal relembrou ainda que, no âmbito da descentralização administrativa, assumiu as competências para a atracção de investimento e, nesse contexto, passou a ter um papel «mais activo na dinamização e promoção, a nível nacional e internacional, do potencial económico das respectivas sub-regiões, tendo competência para implementar e monitorizar programas de captação de investimento, de dimensão sub-regional, articulado com a referida estratégia, bem como gerir e implementar projectos financiados com fundos europeus».

Integram a CIM Região de Coimbra os municípios de Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares, do distrito de Coimbra, e Mealhada e Mortágua, dos distritos de Aveiro e de Viseu, respectivamente.

Ler Mais