Regresso ao trabalho presencial. Coworking pode ser a melhor solução para empresas e colaboradores

As empresas têm vindo a reconhecer, ao longo deste ano de pandemia, que o trabalho remoto tem desvantagens, identificando uma quebra no nível de produtividade, uma perda da identidade da marca e da cultura da empresa. Mas não tem que se voltar ao mesmo modelo.

 

De acordo com a mais recente pesquisa do Grupo Robert Walters, uma consultora líder no recrutamento profissional, as empresas não gostam que os seus funcionários trabalhem em casa após o confinamento – ainda que a maioria queira continuar a trabalhar de forma remota.

Além disso, segundo avança a mesma consultora, os estudos têm mostrado que, quando os funcionários se identificam com os valores de uma empresa, eles são mais propensos a se envolver com o seu trabalho, o que, por sua vez, aumenta a fidelidade do cliente. Portanto, é do interesse da empresa manter viva a cultura corporativa.

Com o regresso ao trabalho presencial na mira, o desafio das empresas acenta agora em adaptar os locais de trabalho a uma “nova” forma de trabalhar e a solução parece passar, segundo avança o Grupo Robert Walters, pelo coworking.

 

Espaços de cowork são vantajosos para empresas e colabboradores

Já popular entre startups, pequenas empresas e freelancers, os espaços de coworking estão a tornar-se numa opção vantajosa para ambas as partes, empregadores e funcionários, principalmente pelo número de recursos disponíveis para os funcionários num ambiente mais descontraído e flexível.

Se para as empresas a grande vantagem pode ser a nível económico, para os trabalhadores revela-se também uma mais-valia, sendo que têm acesso a equipamentos básicos, como impressoras, scanners e internet, e a um espaço físico onde podem receber entregas ou realizar reuniões, sem a rigidez de um escritório permanente. Outra das vantagens deste tipo de espaço de trabalho partilhado é a relação que se cria entre pessoas e empresas, algo que se perdeu durante a pandemia Covid-19.

Ao terem a opção de ir ao local de trabalho por algumas horas por dia, os funcionários podem, nesse tempo, contactar directamente com os colegas e também com a cultura da empresa; e as empresas podem, por seu lado, supervisionar a produtividade e responsabilizar os funcionários, ao mesmo tempo que oferecem uma sensação de flexibilidade. Uma solução que considera o bem-estar de ambas as partes, destaca a consultora.

‘’É tudo uma questão de estar aberto a isso. O principal é garantir que os funcionários se sintam ouvidos e atendidos. Se as empresas o conseguirem fazer da melhor forma, o resto tomará conta de si mesmo”, referiu François-Pierre Puech, country manager da Robert Walters Portugal.

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