Riscos económicos e sociais preocupam as empresas portuguesas

Estudo do grupo Marsh & McLennan revela que crise financeira, crises fiscais e de liquidez e instabilidade política e social são os perigos mais destacados pelas organizações nacionais.

A investigação, “Raio-X aos Riscos 2015 – A Visão das Empresas Portuguesas”, mostra que a crise financeira, crises fiscais e de liquidez são os riscos que mais entidades esperam enfrentar durante este ano (54%). Com apenas menos 1% surge o risco associado à instabilidade política e social. A recessão e a concorrência ocupam o terceiro e quarto lugares, com 35% e 30%, respetivamente. A última posição do top 5 é dividida pela retenção de talentos e os ataques cibernéticos com 22% cada.

A nível mundial, são também as preocupações económicas e sociais que predominam. O desemprego é apontado por 40% das empresas portuguesas como o principal risco, seguido da crise financeira com 38%. As alterações climáticas e os ataques terroristas em grande escala ocupam o terceiro lugar (31%) e a instabilidade social a quarta posição (30%). Outros riscos considerados preocupantes pelas empresas nacionais são a crise na Zona Euro, a disparidade de rendimentos e os ataques cibernéticos, com 27% dos inquiridos a apontá-los como relevantes.

Em Portugal, a gestão de riscos é uma preocupação à qual as empresas dedicam algum do seu tempo, com 41% das organizações inquiridas a assumir dar uma elevada importância a esse assunto. 39% referiram que têm uma preocupação suficiente e 18% afirmaram dar pouca atenção à mitigação de riscos.

Este estudo nacional, realizado pelo grupo MMC, contou com a participação de mais de 200 empresas, pertencentes a 17 sectores de actividade. Os riscos foram analisados por cinco categorias: económicos, ambientais, geopolíticos, sociais e tecnológicos.