Sabe quais são as principais razões de fraude em Portugal?

A existência de sistemas de controlo pouco eficientes e a falta de valores éticos são as principais razões para a ocorrência de fraude no mercado nacional. Esta é uma das conclusões da primeira edição do Fraud Survey Portugal, um estudo realizado pela Deloitte sobre a temática da fraude no sector empresarial. 

 

O estudo mostra também que a maioria das organizações inquiridas acredita que tem havido uma melhoria dos mecanismos de prevenção de fraude em Portugal (64%), no entanto, há uma percepção generalizada de que, ainda assim, o envolvimento das empresas em situações de fraude tem vindo a aumentar nos últimos anos (47%). Numa perspectiva de futuro, cerca de 70% dos inquiridos defende que o número de casos vai manter-se ou aumentar nos próximos anos.

Além disso, mais de um terço das empresas admitiu ter enfrentado pelo menos uma situação de fraude nos últimos dois anos, identificando como principais consequências associadas a perda de reputação e a redução dos respectivos lucros. Para 95% dos inquiridos, a ocorrência destes casos é da responsabilidade dos quadros médios e superiores da empresa.

De acordo com o Fraud Survey Portugal, o tráfico de influências (65%), a corrupção (41%) e o suborno (31%) são as formas mais comuns de fraude no mercado nacional, sendo que o sector financeiro é considerado pela maioria (57%) como o mais permeável à ocorrência de fraude. No que diz respeito à divisão por áreas de negócio, o Procurement (43%) é visto como a mais vulnerável a casos de fraude, seguida da área comercial (27%) e de financiamento (26%).

Como forma de combate à fraude, 70% das empresas participantes indicam que têm uma política e procedimentos antifraude devidamente comunicados aos seus colaboradores. Apesar disso, mais de 40% das organizações não tem um canal interno específico para reportar situações irregulares ou potencialmente fraudulentas e 28% admite que a sua empresa não faz uma alocação de recursos adequada para a mitigação do risco de fraude.

A primeira edição do Deloitte Fraud Survey Portugal teve a participação de chief Financial officers, directores Financeiros e de Compliance, Risco e Controlo das maiores organizações do país e contou com mais de 170 respostas.

Ler Mais