Sabe qual é o benefício mais valorizado pelos colaboradores? Não é o mais oferecido pelas empresas

O estudo “Necessidades e expectativas dos colaboradores de empresas em Portugal” da Multipessoal mostra que relativamente aos benefícios oferecidos actualmente pelas empresas, o subsídio de alimentação (75%), a disponibilização de equipamento informático (38%) e o estacionamento gratuito (37%) são os mais comuns, de acordo com os inquiridos. No entanto, mais de metade dos profissionais (56%) afirma que um salário competitivo é o benefício que mais valorizam, sendo que apenas 13% refere tê-lo.

 

André Ribeiro Pires, Executive Board member e COO da Multipessoal enfatiza que «existe um claro desfasamento entre aquilo a que os profissionais portugueses mais atribuem importância e aquilo a que realmente têm acesso nos seus empregos actuais. Esta tendência acentua-se ainda mais para as mulheres, sendo que apenas 9% afirma ter um salário competitivo, face a 18% dos homens, o que levanta, mais uma vez, preocupações quanto à desigualdade entre géneros no contexto laboral».

Paralelamente, quanto mais elevadas são as habilitações literárias dos profissionais, mais importância é dada ao nível de remuneração. Se 44% dos indivíduos com até ao nono ano consideram este fator o mais importante, o valor sobe significativamente para 59% para as pessoas que completaram o ensino universitário.

Ainda no que se refere aos benefícios, o tema da saúde mental é visto de forma muito diferente consoante a idade dos profissionais. Os mais novos valorizam significativamente mais o acesso a plataformas de apoio à saúde mental do que os restantes targets, em especial o target mais velho dos 55 aos 64 anos.

Outra das componentes em análise no estudo da empresa de recursos humanos foi a aposta em formação por parte das empresas. Os dados revelam que esta é muito valorizada pelos colaboradores, com 88% dos inquiridos a afirmar valorizar muito ou totalmente ter acesso à mesma em contexto profissional. Os tipos de formação mais apreciados são Cursos de Desenvolvimento Pessoal, seleccionados por 56% da amostra, cuja importância se acentua à medida que o nível de escolaridade é mais alto, seguidos pelos Cursos de Línguas (55%) e os Cursos de Informática na Ótica do Utilizador (41%). Cerca de 2/3 dos colaboradores afirma sentir necessidade de ter formação externa para evoluir no seu trabalho.

Quando questionados sobre a identificação com o local de trabalho, mais de metade da amostra diz identificar-se com o seu emprego actual. No, entanto, quanto menor a idade, menor o nível de identificação, se 71% dos indivíduos dos 55 aos 64 anos afirma identificar-se com o seu emprego actual, este valor decresce bastante para pessoas entre os 18 e os 24, com 55% a fazerem a mesma afirmação.

Em termos de motivações, seis em cada 10 inquiridos refere que a sua grande motivação é fazer atualmente algo que realmente goste e afirma que se sente muito envolvido com o seu trabalho e se identifica com o que faz. O valor desta afirmação é significativamente superior junto do target dos 55 aos 64 anos.

Finalmente, quando questionados sobre os fatores que os fariam despedirem-se da sua empresa atual, mais uma vez um salário pouco competitivo é o principal motivo apontado, tanto por homens como por mulheres. No entanto, nos segmentos mais jovens, destaca-se, mais do que um salário competitivo, a falta de progressão salarial e a falta de reconhecimento profissional como factores importantes para sair da empresa actual.

Realizado nos meses de Abril e Maio de 2022, o estudo da Multipessoal, em parceria com a Netsonda, contou com entrevistas realizadas online a um total de 800 participantes.

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