Salários em Portugal aumentaram quase 2% em 2014

Salários em atraso triplicaram em 2012Os salários em Portugal sofreram um aumento de quase 2% em 2014 e prevê-se uma ligeira subida de 0,1% para 2015, segundo o Estudo Global de Aumentos Salariais 2014/2015 da Aon Hewitt.

A Aon Hewitt é a unidade de negócio da Aon ligada à Consultoria e serviços de Outsourcing na área dos Recursos Humanos.

«Apesar da actual conjuntura em Portugal e das expectativas de inflação para 2015, as empresas portuguesas estão a prever um aumento salarial médio de 2,1% para os seus trabalhadores, uniformemente distribuído pelas várias categorias profissionais, o que nos coloca na cauda da Europa ao nível deste indicador», refere Nuno Abreu, director Executivo da Aon Hewitt em Portugal.

No entanto, em termos reais, ou seja, considerando a inflação prevista para 2015, Portugal fica no topo da lista, esperando-se um aumento salarial real de 1,8% em Portugal, valor superior a países como a França (1,7%), Alemanha (1,6%), Espanha (1,4%) e Reino Unido (1,0%).

Aumentos salariais no resto do mundo

Segundo o Estudo Global de Aumentos Salariais 2014/2015, os maiores aumentos em 2014 encontram-se na América Latina, com 10,2%, seguido de África com 7,2%. Na zona do Pacífico Asiático e do Médio Oriente os aumentos salariais são de 5,8% e de 5,7%, respectivamente. Os aumentos salariais com menor expressão a nível global encontram-se na Europa, com 3,5%, e na América do Norte, com 2,9%.

A Argentina e a Venezuela são os países que registam os maiores aumentos salariais, com 27,5% e 29,8%, respectivamente. Contudo, estes aumentos perdem a sua relevância, uma vez que as estimativas das taxas de inflação para 2014 se situam em valores de 36,4% para a Venezuela e de 25,7% para a Argentina, o que resulta numa redução significativa dos salários reais dos colaboradores.

Nos países asiáticos os aumentos salariais variam entre os 10,6% no Vietname e os 2,2% no Japão. Para 2015, as previsões apontam igualmente para um ligeiro aumento nos salários da população. Na América do Norte estão previstos aumentos de 2,9% e nos países emergentes da Europa, como a Rússia e a Ucrânia, prevêem-se aumentos de 7,6% e 7,5%, respectivamente.

«A par desta tendência de aumentos salariais previstos para vários países, verificamos, em paralelo, uma tendência crescente na procura de soluções de planos de compensação focados em benefícios sociais ou outras renumerações alternativas, com maior valor acrescentado e com uma maior optimização fiscal para os colaboradores e para as suas empresas», conclui Nuno Abreu.

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