Sandra Brito Pereira, Montepio: The reskilling revolution como mote para 2021

Sandra Brito Pereira, directora de Recursos Humanos do Banco Montepio, salienta que «60% dos inquiridos do barómetro consideram que os responsáveis de Recursos Humanos estão preparados para lidar com esta nova realidade, mas que vão precisar de actualizar as suas competências. O mote para este ano será, conforme saiu de Davos 2021, the reskilling revolution!». Leia a sua análise aos resultados do XXXIV Barómetro Human Resources.

 

«Os resultados da 34.ª edição do Barómetro de Recursos Humanos ilustram bem o momento de crise pandémica que estamos a viver e o seu reflexo nas expectativas dos agentes económicos. Como consequência, a maior parte dos inquiridos refere que é previsível a diminuição do emprego em Portugal, no ano em curso, em mais de 3%. Tendo em conta este pressuposto, quais serão então os desafios mais cruciais para as nossas equipas em 2021: (i) as novas formas de organização do trabalho; (ii) a saúde – física e mental – dos colaboradores; (iii) a liderança das equipas. A pandemia alterou profundamente o paradigma de colaboração nas empresas, impondo o modelo de teletrabalho e a forma de organizarmos as diferentes tarefas das nossas pessoas nas empresas. Acredito que esta última continuará a evoluir nos próximos anos. Estes indicadores reflectem exactamente a necessidade de os profissionais de Recursos Humanos serem os protagonistas da apresentação de soluções distintas de trabalho, transmitindo confiança às suas administrações para testarem novos modelos, seja através de programas piloto, programas segmentados, experiências inovadoras contidas no espaço e no tempo, que venham a permitir, num futuro próximo, sedimentar, com confiança, diversidade nas organizações. Já não falamos apenas de diversidade de pensamento, de diversidade de saberes e competências, mas também da que resulta da confluência de diferentes formas de aportar valor e organizar o trabalho numa mesma empresa. Estes factores de diferenciação vão determinar a vantagem competitiva de algumas organizações relativamente a outras, e a responsabilidade da apresentação destas propostas recai, na minha opinião, sobre as equipas de Gestão de Pessoas. Não é por isso de estranhar que 60% dos inquiridos considerem que os responsáveis de Recursos Humanos estão preparados para lidar com esta nova realidade, mas que vão precisar de actualizar as suas competências. O mote para este ano será, conforme saiu de Davos 2021, the reskilling revolution!».

 

Este testemunho foi publicado na edição de Fevereiro (nº. 122)  da Human Resources, no âmbito da XXXIV edição do seu Barómetro.

 

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