São estas as qualificações que as empresas mais procuram (e não implica canudo)

O INE promoveu, pela primeira vez em colaboração com a ANQEP e a DGEEC, um Inquérito à Identificação das Necessidades de Qualificações nas Empresas (IINQE). Conheça as conclusões.

 

Os resultados indicam que, dos trabalhadores a recrutar, 49,9% deverão possuir curso de ensino não superior (profissional), 32,2% curso de ensino superior e para 17,9% não é apontado um nível de qualificação específico. Essas intenções de recrutamento correspondem a aumentos brutos de 17,8% de trabalhadores com curso de ensino superior e de 9,1% dos trabalhadores sem qualificações de nível superior.

Independentemente do contexto da pandemia, as qualificações de nível não superior mais indicadas pelas empresas nas suas necessidades de recrutamento foram Empregado/a de restaurante/bar (9.º ano + certificação profissional), Técnico de comércio (12.º ano + certificação profissional) e Técnico/a de restaurante/bar (12.º ano + certificação profissional), correspondendo a 9,0%, 6,4% e 5,9%  do total de trabalhadores a recrutar com este nível de qualificação, respectivamente.

Por sua vez, os cursos de ensino superior mais referidos foram Engenharia informática, de computadores, telecomunicações e sistemas de informação; Engenharia de software e sistemas de informação e Gestão comercial e vendas (11,5%, 6,7% e 6,3% do total de trabalhadores com qualificação de nível superior, respectivamente).

Em 2020, cerca de 71% das qualificações em que se registam dificuldades de recrutamento não requeriam mais que cursos de ensino não superior (profissional), sendo as mais referidas Pedreiro/a, Empregado/a de restaurante/bar e Electricista de instalações. Cerca de 27% das dificuldades de recrutamento, assinaladas ao nível do ensino superior, corresponderam às áreas de Engenharia civil e do ambiente, Administração e gestão de empresas e Turismo.

O período de resposta electrónica a este inquérito iniciou-se, conforme planeado em 13 de Março passado, ou seja uma semana antes da declaração do estado de emergência e prolongou-se até ao final de Junho. Assim, embora a taxa de resposta tenha sido relativamente elevada (73,2%), os resultados obtidos devem em parte reflectir o ambiente excepcional que a actividade económica tem enfrentado.

 

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