São estes os factores mais relevantes na procura de emprego em Portugal

Salário e benefícios permanecem os factores mais relevantes na procura de emprego em Portugal. Este é o principal resultado do Randstad Employer Brand Research 2023, estudo independente de employer branding que analisa as percepções relativamente ao mercado de trabalho e foi apresentado ontem no Monsanto Secret Spot. 

 

À semelhança de análises de anos anteriores, o salário e benefícios atractivos são os critérios mais valorizados pelos inquiridos na escolha de um emprego, seguindo-se o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional; um ambiente de trabalho agradável; oportunidades de progressão de carreira e estabilidade profissional.

Num cenário dominado pela forte competitividade, os resultados da análise da Randstad revelam um contraste entre o que os colaboradores valorizam face ao que os empregadores oferecem. Os dados mostram que, enquanto o salário atractivo é o primeiro factor para classificar o “empregador perfeito”, o mesmo indicador encontra-se apenas na última posição naquilo que pensam que os empregadores oferecem.

A estabilidade relativamente ao trabalho de longo termo e a localização são os principais factores apontados pelos inquiridos na avaliação do empregador actual. Contudo, a possibilidade de ter o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho é o segundo ponto que os participantes priorizam num empregador.

Os inquiridos revelam também que, na escolha de um empregador em detrimento de outro, os benefícios materiais não são tudo. Por isso, as faixas etárias mais jovens, sobretudo entre os 18 e os 24 anos, consideram menos importantes (79%) os benefícios materiais do que os outros grupos etários.

Neste caso, são muito valorizadas as relações com a liderança e/ou colegas. Assim, estes dados indicam que a valorização dada aos benefícios não materiais se aproxima cada vez mais da importância atribuída aos benefícios materiais.

O estudo mostra ainda que os empregadores estão a ter um desempenho inferior em relação ao que os colaboradores esperam quanto ao equilíbrio entre a vida profissional e pessoal e à progressão de carreira. Estes são factores que se relacionam com a atractividade, mas também com a retenção de talento e que são apontados como aspectos a ter em atenção por parte das empresas.

«Estes insights indicam o caminho para as empresas superarem os desafios actuais do mercado de trabalho, na medida em que dão a conhecer as expectativas dos colaboradores e potenciais candidatos», comenta Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad Portugal. «Num contexto marcado pela escassez de talento, num mercado altamente dinâmico, estes dados ajudam a definir prioridades, não apenas atrair e reter talento, mas o talento certo», salienta.

E acrescenta: «É importante que as empresas conheçam as suas estruturas e saibam o que é mais valorizado. Cada estrutura deverá fazer a sua análise com o intuito de evitar o gap entre a percepção dos colaboradores e a realidade nas organizações».

Nesse sentido, este estudo ganha pertinência, «uma vez que fornece às empresas as ferramentas necessárias para que possam realizar a sua análise e planear as estratégias de atracção e retenção de talento, de forma eficaz e que possa ir ao encontro das expectativas que os colaboradores desenvolvem, de modo a acompanhar tendências e a existir um alinhamento entre o que é procurado e o que é proporcionado».

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