Saúde mental: A importância de nos colocarmos em primeiro lugar

Quando entramos num avião, antes de descolar, recebemos orientações da tripulação de cabine para, em caso de emergência, vestir o nosso colete salva-vidas antes de ajudar a pessoa ao nosso lado. O mesmo se pode dizer da saúde mental.

 

Por Simon Jay, director Comercial do Thrive Mental Wellbeing, representada em Portugal pela VISAVIS 

 

Saúde mental não significa que a pessoa tenha problemas de saúde ou que não esteja bem. Todos temos saúde mental. Mas a nossa saúde mental – ou bem-estar emocional – operam numa escala em que há dias em que nos sentimos bem, e há outros em que nem por isso. O alerta surge quando esses dias, menos bons, se prolongam no tempo, pois podemos estar na eminência de algo mais sério, se não for detectado a tempo.

Todos, de uma forma ou outra, devemos cuidar de nós pró-activamente. Para nos mantermos saudáveis, devemos ser fisicamente activos e ter bons hábitos alimentares. O mesmo se aplica à mente. Se praticarmos as técnicas adequadas, podemos criar resiliência e melhorar a nossa saúde mental. Hoje em dia, a tecnologia possibilita-nos o acesso a um conjunto de aplicações nesta área. Não se tratam apenas de aplicações de bem-estar – envolvem conexões sociais, no trabalho, relacionamentos, família, entre muitos outros factores.

Se alguém pudesse melhorar, de forma mensurável, a sua saúde, fazendo algo simples, três vezes por semana, durante apenas cinco minutos, e desta forma poder ainda ajudar aqueles que necessitam, seria algo que não iria deixar ninguém indiferente. Felizmente, isso já é uma realidade.

Gostava de partilhar uma história comovente, que é o espelho de muitas outras, especialmente ao interagir com organizações que disponibilizam o Thrive Mental Wellbeing (a única aplicação aprovada pelo NHS, que tem como foco a prevenção e detecção precoce de problemas de saúde mental nos colaboradores). Recentemente, fui abordado por um colaborador de uma empresa mundialmente conhecida, que estava a usar a aplicação. Ele confidenciou-me a situação da sua mulher, que há vários meses passava por estados de desânimo e de depressão devido à pandemia. Ele nunca tinha experimentado a aplicação, apesar de estar disponível através da empresa, porque, segundo ele, “não achava relevante”.

Um dia desafiou-se a abrir o Programa CBT (Terapia Comportável Cognitiva) no Thrive, para entender como funcionava. Rapidamente percebeu que, ao passar pelas várias etapas do programa, adquiria conhecimentos que lhe permitiam ajudar a sua mulher. A aplicação deu-lhe as ferramentas necessárias para que pudesse entender e apoiar a mulher naquela fase difícil, melhorando consideravelmente a qualidade de vida do casal. Sentiu-me mais capaz de lidar com momentos de adversidade e, desta forma, poder ajudar os outros.

Esses exemplos são cada vez mais comuns. Todos temos saúde mental, e tal como acontece com a saúde física, há muitas coisas que podemos fazer para melhorar o nosso bem-estar emocional, mesmo quando nos sentimos bem. Isto remonta ao que disse no início. Temos de colocar os nossos próprios coletes salva-vidas antes de podermos ajudar os outros. Mesmo que nos sintamos bem, se quisermos ajudar alguém próximo, seremos certamente mais fortes se aprendermos algumas técnicas de superação, como é o caso de resiliência. E fazendo isso apenas três vezes por semana, durante cinco minutos.

 

Este artigo foi publicado na edição de Março (nº.123) da Human Resources.

Caso prefira comprar online, tem disponível a versão em papel e a versão digital.

 

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