Se quer fazer um reset em 2026, experimente a “teoria de Outubro”

Como qualquer outro sistema de produtividade, a “teoria de Outubro” pode falhar se não for realista. A Forbes partilha duas formas de garantir que funciona.

 

Todos os anos, por volta de Outubro, acontece algo curioso no mundo do autoaperfeiçoamento e começa a ouvir-se falar sobre a “teoria de Outubro”, um sistema que sugere que os últimos três meses do ano podem ser utilizados como uma base de apoio para a construção de novos objectivos, em vez de uma corrida frenética para completar os antigos.

A fórmula é simples. Outubro é para avaliação, Novembro é para definir objectivos e Dezembro é para transformar esses objectivos em hábitos. Quando chega Janeiro, já testou as suas resoluções na vida real, bem antes do pico do “ano novo, vida nova” se transformar em exaustão de Fevereiro.

Simplificando, a “teoria de Outubro” é um apelo para se preparar. Dá-lhe tempo para pensar no que realmente quer para o próximo ano, ao mesmo tempo que o liberta da pressão do dia 1 de Janeiro como a única data mágica para reiniciar. É, para muitos, uma forma mais suave e ponderada de se preparar para a mudança.

Mas isso por si só não faz com que seja um sistema perfeito, isto porque as pessoas ignoram frequentemente dois fundamentos psicológicos sobre o que realmente ajuda a manter objectivos.

Antes de mergulhar na sua “teoria de Outubro”, leia atentamente os próximos passos.

Reformule a força de vontade como um recurso limitado

A fase de planeamento de Outubro é geralmente acompanhada por uma sensação de “impulso”, que resulta no pressuposto de que a força de vontade sentida no momento durará indefinidamente. Mas quando Janeiro se transforma em longos dias de trabalho, noites mal dormidas e inevitáveis ​​contratempos, a fadiga instala-se, independentemente de quão inspirado estivesse quando começou.

O seu plano não pode ser apenas uma explosão de força de vontade escrita numa agenda. Precisa de ter em conta o declínio real de energia e foco que surge quando está a ser executado. Por isso, crie os seus objectivos tendo em mente a fadiga.

Se quer escrever um livro por exemplo, não planeie fazê-lo todas as noites depois do trabalho, quando está mais cansado. Inclua sessões matinais de 20 minutos, quando a sua capacidade de controlo for superior.

A teoria de Outubro funciona melhor quando combinada com realismo psicológico. A disciplina e o controlo são importantes, mas planear para o declínio também o é. Assim, quando a fadiga chegar, não o tirará completamente do caminho, mas já estará incorporada no seu sistema.

 

Utilize a fórmula das 12 semanas

Outro motivo pelo qual muitas pessoas têm dificuldade em pôr em prática a “teoria de Outubro” é o facto de começarem a tratar os seus objectivos como projectos imutáveis ​​para o ano inteiro que se inicia.

Isto pode sair furado por um simples motivo: a vida muda. O que parece importante em Outubro pode não o ser em Março e, no entanto, muitas pessoas agarram-se teimosamente aos compromissos de Janeiro, mesmo quando estes já não lhes servem. É aqui que entra a fórmula das 12 semanas, popularizada pelos estrategas de produtividade que defendem que um ano é simplesmente um horizonte demasiado longo para a maioria das pessoas se manter focada. Em vez de pensar em 12 meses, sugerem que pense em ciclos de 12 semanas. Cada ciclo torna-se o seu próprio “ano”, completo com objectivos semanais, espaço para reflexão e permissão para mudar de direcção.

Isso significa que, em vez de definir um plano rígido para 2026, pode criar 12 objectivos semanais para o último trimestre deste ano. Estes objectivos devem estar ligados ao que pensa querer para o próximo ano, estruturados em incrementos curtos e testáveis.

Por exemplo, se o seu objectivo a longo prazo é a disciplina financeira, comprometa-se a monitorizar todas as despesas durante 12 semanas. Quando chegar a véspera de Ano Novo, saberá se o sistema funciona para si ou se precisa de fazer ajustes.

As duas principais vantagens ao seguir esta abordagem:

Primeiro, fundamenta os seus objectivos na realidade semanal, obrigando-o a verificar, reflectir e adaptar-se sem perder o ritmo. Em segundo lugar, permite testar não só as suas metas, mas o próprio sistema. Em Dezembro, saberá se a fórmula das 12 semanas parece libertadora ou demasiado rígida, dando-lhe uma noção mais clara de como abordar 2026.

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