Sector da saúde está entre os que registaram maior adopção dos modelos digitais de recrutamento

O sector de Healthcare and Life Sciences está entre os que registaram maior adopção dos modelos digitais de recrutamento em 2020 e no decorrer deste ano, devido à forte escassez de candidatos e à necessidade de encontrar novos talentos de forma muito rápida, como resultado da emergência sanitária global. Esta é uma das conclusões do estudo sobre a atracção digital do talento no sector de Healthcare and Life Sciences da Michael Page.

O estudo, intitulado “Digital Talent Attraction”, reúne informação de especialistas da Michael Page relativamente ao recrutamento, consultoria e parcerias com empresas especializadas em Healthcare and Life Sciences, com vista a encontrar os perfis de altos executivos, profissionais especializados e equipas de apoio necessárias para a trajectória comercial, e descobrir as tendências relacionadas com a aquisição de talentos nesta área.

A enorme escassez de talentos neste sector, caracterizado como próspero e com elevada exigência em termos de excelência e qualificação de profissionais, e a extrema necessidade dos mesmos, independentemente das zonas geográficas, é outra das conclusões retiradas do estudo.

Quer seja na América, Ásia ou Europa, a dificuldade em encontrar talento de topo é observada tanto em países como os Estados Unidos da América, Japão ou Suíça. Desta forma, a escassez de candidatos no sector de Healthcare and Life Sciences na maior parte do mundo, conduz a um aumento do poder de negociação e do pagamento de salários acima da média para a obtenção de talentos.

O estudo conclui ainda que as ferramentas digitais, como a videoconferência e webinars organizados pelas empresas, são mais utilizadas para encontrar os candidatos, devido ao protocolo de distanciamento social que ainda prevalece na maioria dos locais de trabalho. O interesse de candidatos que não estão necessariamente à procura de emprego de forma activa, é também despertado por processos digitais.

No entanto, as organizações precisam de se esforçar mais por utilizar tecnologias digitais em seu benefício para resolver os problemas de formação de laços afetivos e de cultura empresarial, que são mais comuns na interação digital.

Pedro Borges Caroço, associate partner da Michael Page, refere que «a transformação digital está a moldar o sector de Healthcare and Life Sciences. A crescente cultura de trabalho remoto e as deslocações limitadas fizeram com que encontrar os talentos-chave se tivesse tornado cada vez mais difícil. No entanto, algumas empresas tiveram um grande êxito através de abordagens inovadoras e flexíveis em relação à procura de talentos».

No panorama do recrutamento no sector das ciências da vida e farmacêutico, a mudança manifesta-se ainda nas qualidades e qualificações que os recrutadores procuram actualmente. A valorização das competências sociais, como a capacidade de adaptação, resiliência e proactividade, surgem como prioridades relativamente à experiência profissional e às competências técnicas.

O estudo conclui ainda que a manutenção digital é também um elemento indispensável no processo de contratação, especialmente neste sector que dá particular valorização aos detalhes. Quer seja a oferecer ou a procurar emprego, as empresas e os candidatos precisam de ter em conta os respectivos perfis e presença a nível digital, conferindo-lhes a atenção e o cuidado como o fariam com o seu próprio aspecto físico, e certificar-se de que os respectivos perfis digitais estão atualizados e são interessantes.

Os candidatos também devem encarar o processo digital tão seriamente como um processo presencial e certificar-se de que os respectivos perfis digitais estão actualizados e são interessantes, conclui o estudo.

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