Seis lições-chave para retomar a actividade empresarial no pós-pandemia

A crise provocada pela COVID-19 tem causado um impacto negativo nas receitas das organizações, mas também pode ser a altura ideal para desenvolver estratégias de mitigação que ajudam a garantir a continuidade dos negócios e a protecção das pessoas.

 

A DuPont Sustainable Solutions partilhou seis aprendizagens e boas práticas relacionadas com a continuação dos negócios que emergiram a partir da crise que vivemos, para ajudar as organizações a recuperar de uma forma mais eficaz.

 

1. As pessoas são primordiais
Empresas que garantem segurança e clareza aos colaboradores e demonstram o seu compromisso em mantê-los seguros geram um ambiente de confiança, facilitando acções futuras de adaptação operacional ou flexibilização de trabalho.

Primeiro, as empresas devem procurar manter os salários dos colaboradores. No entanto, se ajustar os custos fixos é imperativo para a sobrevivência dos negócios, considere antes reduções de horário ou licenças em vez recorrer ao lay-off.

Em segundo lugar, se tem uma força de trabalho móvel, assegure-se de que possui um mecanismo de monitorização para os seus colaboradores e que são tomadas medidas para os proteger. Assegure-se de que estão equipados com Equipamento de Protecção Individual (EPI)adequado.

 

2. Conheça os riscos que corre e como mitigá-los
Tendo em conta a incerteza inerente a esta pandemia, as empresas devem promover avaliações de risco à medida que o surto evolui. As implicações humanas, financeiras, tecnológicas e operacionais de um impacto financeiro a curto prazo, o abrandamento da economia global e uma recessão global sustentada devem ser considerados.

O objectivo primordial é identificar ameaças existentes e riscos a que a empresa esteja exposta e recomendar controlos de mitigação. O processo começa por determinar quais os activos fundamentais que devem ser protegidos e de que forma certas ameaças podem ter impacto nestes activos.

De seguida, as empresas devem rever as estratégias de mitigação que correspondem à ameaça e se a estratégia a adoptar é de prevenção, detecção ou limitação de perdas. Onde os controlos são inadequados, as empresas devem considerar meios mais concretos de gestão de risco, tais como protecção física e lógica, mudanças nos procedimentos ou optimização da cadeia de abastecimento. Este processo deve ser replicado quer a nível corporativo, quer ao nível da instalação.

Normalmente, as avaliações de risco concentram-se na probabilidade de um incidente, mas, neste caso, é importante o foco nas vulnerabilidades. Analisar as vulnerabilidades, se é possível eliminá-las, analisar o que aconteceria se se manifestassem e as possíveis medidas de controlo que poderiam ser implementadas. No caso de serem adoptadas novas medidas de controlo, estas devem ser vertidas para a política da empresa, integradas nos procedimentos e comunicadas aos colaboradores.

 

3. Seja ágil e adapte-se
As empresas que foram capazes de se adaptar rapidamente às mudanças na procura foram bem-sucedidas. É importante que as empresas reavaliem o modo como abordam o mercado, procurando novas formas de utilizar o seu produto de base para ir ao encontro das necessidades correntes. Os negócios de sucesso neste momento são os que são capazes de criar produtos ou serviços de combate à pandemia ou abastecer o público no novo contexto. As empresas que não conseguirem fazer isto, irão provavelmente falhar.

Enquanto a primeira reacção dos líderes é gerir as suas equipas de forma hierárquica, há muito potencial em facilitar uma abordagem de baixo para cima em termos de inovação e mudança. Criar um contexto para a colaboração entre funções, aprender com os sucessos e as falhas dentro da empresa e entre os concorrentes, fazer uma abordagem descentralizada de adaptação das linhas de produtos existentes e permitir uma abordagem “falhe rápido, aprenda rapidamente”, pode gerar a adaptação necessária para promover o sucesso.

 

4. Aproveite a gestão da mudança para adaptar a cultura do trabalho
As empresas devem concentrar-se nos princípios de gestão da mudança para mobilizar os colaboradores na resposta à nova direcção estratégica da empresa. É importante criar uma visão corporativa motivadora, desenvolver uma estrutura apropriada e políticas para concretizar a mudança e comunicar a mudança e porque é necessária.

Para as empresas maiores, isto pode significar que alguns locais ou linhas de produtos tenham de ser geridas de forma diferente. Alguns países ou linhas de negócio podem precisar de se concentrar em mudar os canais de vendas ou diversificar as cadeias de abastecimento, enquanto outros podem acelerar a produção ou adaptar linhas de produção existentes para entregar um novo produto. A abordagem deve ser calibrada com a oportunidade, os regulamentos locais, a cadeia de abastecimento e os recursos disponíveis.

 

5. Ajuste e volte a ajustar
Esta crise teve um impacto maior em alguns sectores e geografias do que noutros. Em alguns casos, o impacto agravou algumas fraquezas subjacentes do mercado, garantindo um longo tempo de recuperação. Com tais variações, é importante que as empresas façam uma avaliação completa de como podem melhor a sua produção e abordar as vendas.

 

6. O digital é imperativo
Esta pandemia acelerou tudo quanto é digital. A telemedicina, anteriormente considerada ineficaz, está agora a florescer e a funcionar muito bem em múltiplos casos.

Empresas exteriores ao sector da saúde podem também aproveitar a deixa, este é o momento para digitalizar a experiência do consumidor, caso ainda não o tenham feito. O primeiro passo, e o mais importante, é mostrar que se preocupa,seja autêntico. Certifique-se que a mensagem digital está alinhada com os seus propósitos e valores, e não seja apenas uma barragem de e-mails de marketing.

Para além disto, a viagem do consumidor deve ser simplificada o mais possível, com toda a informação disponível para tomar uma decisão de compra. Outras possibilidades são melhorar a experiência do mobile, considerar oferecer serviços digitais, ou, para empresa B2C, actualizações de modelos de subscrição ou opções de entrega ao domicílio. Envolver os clientes nas redes sociais pode também gerar confiança e as ideias obtidas através do E-listening podem ser aproveitadas pelas equipas de marketing e vendas.

A digitalização pode ajudar as empresas a encontrar os clientes onde eles estão e com grande eficiência se for feita correctamente.

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