
Sente-se desanimado e sem motivação? Especialista em felicidade diz o que fazer
Segundo Stephanie Harrison, fundadora da The New Happy, organização que promove uma nova filosofia de felicidade, oradora e autora do livro “New Happy: Getting Happiness Right in a World That’s Got It Wrong”, quando alguém não consegue descrever as suas emoções, isso pode levar a experiências intensas de vergonha e a um desejo de isolamento, avança a CNBC.
Rotular os sentimentos ajuda a regular a resposta emocional, a conectar com a comunidade e a curar. E acredita que, actualmente, vivemos uma “epidemia de desmoralização”
A desmoralização caracteriza-se por duas experiências principais:
- Desamparo: “Não consigo lidar com o que se passa na minha vida.”
- Falta de esperança: “Não adianta tentar, porque nada vai mudar.”
Os dois estão profundamente ligados, amplificando-se um ao outro até que se acaba num estado de desespero existencial e isolamento.
Sentir-se desmoralizado é muitas vezes confundido com depressão. Estudos demonstraram, no entanto, que a desmoralização é diferente da depressão. Muitas vezes, aparece primeiro como sinal de alerta.
Esta “epidemia de desmoralização” deve-se a desafios societais. Da crise climática à instabilidade económica, a humanidade vê-se perante problemas que parecem grandes e impossíveis de resolver e a qualquer momento, podem atingir qualquer um.
Como detalha no seu livro, o mundo deu prioridade e elevou os valores capitalistas e individualistas, afastando-nos das relações e incentivando o egoísmo como caminho para a felicidade pessoal.
Para Stephanie Harrison, a desmoralização faz com que nos afastemos cada vez mais daquilo que mais precisamos: uns dos outros, e partilha o que fazer:
Conectar-se com as pessoas e apoiar-se nelas
A espiral de desmoralização pode ser interrompida se tiver alguém para o ajudar a lidar com a situação. Pode ser um terapeuta, um colega, um amigo ou um familiar.
Precisa de outras pessoas para trocar ideias, para se sentarem consigo quando está confuso, para o encorajar e animar, e para o ajudar quando cai.
Pode começar simplesmente por reunir alguns amigos ou colegas de trabalho com a intenção de se apresentarem uns aos outros.
Tomar uma atitude e oferecer ajuda
A desmoralização é um ciclo vicioso: sente-se impotente, por isso não age, o que faz com que se sinta impotente, o que torna mais difícil agir.
Quando se sente impotente, é sinal de que deve ajudar mais. É isso que quebra o ciclo e mostra que realmente tem um tremendo poder de mudar o dia de alguém para melhor.
Comece aos poucos: faça alguém sorrir, faça um elogio ou envie um vídeo engraçado. Qualquer acto de ajuda pode impactar outra pessoa, e testemunhar isso acaba por ajudá-lo.
Depois avance para o próximo nível. Pense num tema que lhe interesse, como:
- Pobreza
- Saúde mental
- Direitos LGBTQ+
- Direitos Humanos
- Ambiente
- Educação
- Saúde
Procure organizações que actuam nestas áreas perto de si, pois precisam da sua ajuda e apoio, e envolva-se. Nas condições certas, lidar com os desafios leva à confiança, ao crescimento e ao significado.