
Sociedade Central de Cervejas aposta em “Juntar os mundos” para construir pontes e criar um impacto positivo
No final do ano passado, a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas juntou colaboradores e um grupo de refugiadas afegãs para partilharem uma refeição confeccionada em conjunto. Mas foi muito mais do que isso; foi, através do poder da conversa, que se criou um impacto positivo. combatendo preconceitos e ultrapassando estereótipos. A acção integra-se no programa “Juntar os Mundos”, que corporiza o propósito “criar a alegria da verdadeira união para inspirar um mundo melhor”.
Por Ana Leonor Martins
Para a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC), a responsabilidade social é parte integrante da estratégia de sustentabilidade da empresa. E, em 2023, lançou a plataforma “Juntar os Mundos”, uma iniciativa que «dá vida ao propósito da empresa – criar a alegria da verdadeira união para inspirar um mundo melhor», partilha Salomé Faria, directora de Comunicação e Relações Institucionais da SCC. «Mais do que nunca, o mundo precisa de elementos de união, de procurar o que nos une, e esta plataforma dá continuidade a isto a que, na empresa, chamamos de bons momentos, há mais de 150 anos», acrescenta.
Esta iniciativa local integra-se na visão do Grupo Heineken, do qual a SCC faz parte, – “Brew a Better World” – e que «abrange toda a cadeia de valor, da cevada ao bar». É um programa que tem três pilares «com ambições concretas»: Ambiental, Responsável e Social. Este último, em particular, tem como um dos objectivos «contribuir para uma sociedade mais justa, inclusiva e equitativa, e com o envolvimento das pessoas». E é neste âmbito que surge a ideia de “Juntar os Mundos”, permitindo à SCC fazer a diferença e reforçar o seu «compromisso contínuo em construir um futuro mais justo e sustentável para todos».
Esta plataforma de impacto social foca-se «na aproximação das pessoas através do poder da conversa, seja durante uma refeição, uma cerveja ou num momento de lazer, e sobretudo, do poder da acção, onde o voluntariado empresarial assume um papel preponderante», explica a directora de Comunicação, acrescentando que o objectivo é «criar uma onda de actividade que envolve e une tanto os colaboradores, quanto as comunidades» em que operam, gerando «um impacto positivo e unindo os diferentes públicos» que servem, ao usar o poder das suas marcas e das suas pessoas para «encurtar distâncias, promover ligações mais efectivas e combater a iniquidade e a exclusão social, abrindo, simultaneamente, a empresa à comunidade».
Conectar culturas e pessoas, com o pretexto de uma refeição
Na celebração do primeiro ano da plataforma “Juntar os Mundos”, a SCC promoveu, em Dezembro passado, no restaurante Manja, um almoço com colaboradores da empresa e um grupo de “refugiadas afegãs”, que, apoiados pelo Focus Humanitarian Assistance, procuram uma vida melhor e com mais oportunidades em Portugal. E o almoço foi preparado pelos próprios, colaboradores e convidados, que juntos, e com o apoio da Chef Romina Bertollini, combinaram pratos da gastronomia afegã com a portuguesa. Sendo o propósito do programa “Juntar os Mundos” unir as pessoas através do poder da conversa, esta acção «foi um verdadeiro sucesso», congratula-se Salomé Faria.
«Durante este momento, a partilha cultural ganhou vida, não só na cozinha, mas também na música, na dança e nos momentos de convívio. Foi uma experiência muito enriquecedora, marcada pela troca de histórias e testemunhos, que cumpriu exactamente o nosso objectivo de usar uma refeição como pretexto para combater preconceitos, ultrapassar estereótipos e identificar o que nos une. Os nossos colaboradores tiveram a oportunidade de falar e conviver com pessoas com as mais variadas, e desafiantes, histórias de vida.» Serem de uma cultura diferente da portuguesa «tornou esta experiência ainda mais marcante e enriquecedora».
Em relação ao grupo de afegãs, a responsável confessa que «foi muito comovente perceber que encontraram no nosso país uma realidade que nem faziam ideia existir – uma sociedade livre, com costumes, comportamentos e uma cultura totalmente diferente, comida, língua, vestuário… enfim, tudo novo». A integração deste grupo em Portugal está a cargo da Focus Humanitarian Assistance, que «faz um trabalho incrível e, muitas vezes, invisível na integração destas pessoas», faz questão de realçar.
«Este almoço de fusão de culturas enquadra-se no tipo de integração promovido pela organização, que pretende que estas pessoas tenham momentos de convívio com outras realidades e com outras pessoas. Funcionou por isso, igualmente, para este grupo perceber que há empresas e pessoas disponíveis para os ouvir, apoiar e estimular a seguirem os seus projectos e sonhos, a ultrapassar os desafios que vão encontrando nesta fase em que recomeçam a sua vida quase do zero. Saímos todos muito energizados », garante.
Salomé Faria resume esta experiência com uma palavra “celebração”, «uma verdadeira celebração do que significa “Juntar os Mundos”. Foi mais do que uma iniciativa», ressalva, «foi uma oportunidade para, com o pretexto de uma refeição de fusão – de inspiração afegã e portuguesa – conectar histórias, culturas e pessoas, mostrando que, juntos, podemos construir pontes e criar um impacto positivo. O balanço não poderia ser mais enriquecedor: um momento único de união e partilha, que reforça o poder das ligações humanas para transformar vidas.»
O propósito como factor de atractividade
Como a directora de Comunicação e Relações Institucionais começou por referir, a iniciativa “Juntar os Mundos” reflecte o propósito de «criar a alegria da verdadeira união para inspirar um mundo melhor», um pilar que norteia todas as áreas de actuação da SCC, estando profundamente enraizado na sua cultura organizacional e no seu dia-a-dia. Especifica: «Internamente, abrange todos os momentos que promovemos com as nossas equipas e todas as iniciativas e eventos que desenvolvemos também nas plataformas em que as nossas marcas estão activas.»
Há vários exemplos. Estes momentos podem ser em torno do futebol – na altura do Campeonato Europeu organizaram o “Somos+ em campo”, onde, através da marca Sagres, convidaram colaboradores, família e amigos para um dia de futebol e «para desfrutar de experiências únicas» na Cidade do Futebol. Ou com a música e a celebração em torno dela. «Toda a empresa esteve, recentemente, no Sagres Campo Pequeno para um Happy Day; um dia inteiro em que todos nos reunimos apenas com o foco na diversão, para celebrar o espírito de sermos equipa», revela Salomé Faria.
Mais, o propósito da SCC também está subjacente a outro tipo de encontros, sobretudo focados na partilha de informação da empresa – como as Town Halls, que envolvem toda a Comissão Executiva, sendo sempre guardados na agenda momentos para «celebrar projectos e equipas que servem de exemplo a toda a organização».
«Sempre sem esquecer o foco em impactar positivamente a comunidade», objectivo para o qual têm vindo a trabalhar, recorrendo a vários parceiros «na promoção de iniciativas que marcam a diferença junto de diferentes públicos, ampliando assim esse impacto».
Por outro lado, «hoje, um dos maiores factores de atractividade numa empresa é ter um propósito», faz notar a responsável, afirmando que o da SCC «é forte, inspirador e, sobretudo, agregador. A forma como o concretizamos tem também um enorme impacto porque se traduz em acções concretas», acrescenta. «Aliado ao investimento que a empresa tem vindo a fazer na melhoria da sua proposta de empregador e na criação de um ambiente de trabalho cada vez mais colaborativo, inclusivo e motivador, tem-nos trazido algum retorno. Não podemos tirar conclusões directas, mas, através dos dados que medimos no questionário de clima anual, sabemos que o envolvimento das pessoas com a empresa tem vindo a aumentar de forma relevante, bem como o conhecimento da nossa estratégia, o que nos deixa muito satisfeitos. Com programas como o “Juntar os Mundos”, criam-se também diversas oportunidades não apenas para dinamizar a colaboração entre pessoas de diferentes equipas, mas também para que todos se sintam mais estimulados e desafiados em diferentes campos.»
Leia o artigo na íntegra na edição de Fevereiro (nº. 170) da Human Resources, nas bancas.
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