TAP avança com lay-off clássico de 12 meses a partir de hoje

A TAP vai avançar com um processo de lay-off clássico, que passará por uma redução dos períodos normais de trabalho ou suspensão de contratos, a partir da próxima segunda-feira e durante 12 meses.

 

De acordo com uma mensagem enviada aos colaboradores, a que a Lusa teve acesso, a companhia assegura, no entanto, que «do presente processo de lay-off não resultará redução de remuneração para os trabalhadores para além da que resultar das reduções determinadas pelo(s) Acordo(s) de Emergência celebrados com as organizações sindicais ou, sendo o caso, pelos regimes sucedâneos aprovados pela TAP, nos termos e ao abrigo do Despacho das Finanças, Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e Infraestruturas e Habitação n.º 818-A/2021, de 19 de Janeiro».

A companhia justificou que «atendendo ao actual contexto, bem conhecido por todos nós, no quadro do processo de declaração da TAP em Situação Económica Difícil (SED) anuncia-se agora que teremos de recorrer a medidas no âmbito do procedimento de redução dos períodos normais de trabalho ou suspensão dos contratos de trabalho (lay-off Clássico), que terá início no próximo dia 1 de Março, e que se prolongará previsivelmente por um período estimado de 12 (doze) meses, nos termos e para os efeitos do art.º 300.º, n.º 3, do Código do Trabalho».

Na mesma nota, a transportadora justifica que «este regime de lay-off, sendo similar, tem algumas regras diferentes das medidas às quais recorreram de Abril a Novembro de 2020. Sobre estas diferenças, sobretudo no âmbito da sua aplicação e execução prática, a TAP diz que irá dando conta à medida que for avançando neste processo».

Assim, «para o mês de Março de 2021, todos os trabalhadores da TAP estarão abrangidos por uma redução de horário de trabalho numa determinada percentagem: (1) na generalidade das áreas Terra a percentagem será de redução em 25%, apenas com uma única excepção que terá uma redução horária menor; (2) enquanto que no caso do PN [pessoal navegante, ou seja de cabine e cockpit] a redução horária está completamente relacionada com os planeamentos já efectuados; ou seja, cada tripulante terá uma redução horária diferente em função do planeamento já por si conhecido e divulgado», lê-se na mesma nota.

A companhia anunciou ainda que «cada trabalhador será informado amanhã [sábado], dia 27 de Fevereiro, da sua situação concreta em termos do regime/modalidade que lhe será aplicado».

Hoje, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) aprovaram os acordos de emergência na companhia.

 

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