Tecnológica que assume conceito “remote first” procura 30 novos profissionais

A tecnológica portuguesa Lisbon Nearshore revelou hoje que vai contratar 30 novos trabalhadores até 2022, atingindo a centena, e alcançar a meta de cinco milhões de euros em volume de negócios.

 

Em cinco anos, a Lisbon Nearshore «conquistou multinacionais» que movimentam mais de dois mil milhões de euros por ano, nas indústrias da moda, luxo e biotecnologia, refere a tecnológica portuguesa em comunicado, adiantando que no próximo ano quer atingir os 100 colaboradores e chegar aos cinco milhões de euros em volume de negócios.

A Lisbon Nearshore, através da contratação de equipas com «o melhor talento português», conseguiu atrair para Portugal o desenvolvimento digital de gigantes, caso das marcas de luxo, Hugo Boss, Richemont, a agência digital Dept Agency ou a biotecnológica Novozymes.

Além disso, desde a sua criação que a empresa tecnológica se identifica como boutique tecnológica.

Inspirando-se nos seus clientes, a Lisbon Nearshore emprega o conceito de boutique na sua relação com estes e também na entrega dos projectos, construindo equipas com engenheiros e programadores diferenciados no mercado português, lê-se no comunicado.

Agora estabelecida como uma empresa remote first (modelo de trabalho onde a empresa dá preferência para a execução de tarefas à distância), a Lisbon Nearshore tem «dado cartas na gestão do seu talento», sendo que apresenta uma taxa de retenção na ordem dos 90%.

A Lisbon Nearshore começou em 2017, com apenas dois developers dedicados ao seu primeiro cliente, a Hugo Boss, e hoje, cinco anos volvidos, emprega 70 pessoas, mas até ao final do próximo ano vai contratar para 30 novas posições de desenvolvimento mobile e web, engenharia de sistemas, nuvem (cloud) e para desenvolvimento em sistemas ERP (Enterprise Resource Planning, ou sistema de gestão integrado), como a SAP.

Nos últimos anos, Lisboa afirmou-se como um «polo muito atractivo», em particular para empresas do sector tecnológico e para equipas de tecnologia de multinacionais.

Nesse contexto, os serviços de desenvolvimento de tecnologia em prestação de serviços outsourcing para multinacionais (contratação de serviços a terceiros de uma determinada área da empresa) têm-se multiplicado em Portugal, a cada ano.

No entanto, a Lisbon Nearshore quer distanciar-se desse movimento.

Daí que o responsável da empresa pelas Operações e Negócio Internacional (Head of Operations & International Business), Manuel Vilhena, afirme que para a Lisbon Nearshore «importa criar um serviço de elevado valor acrescentado».

«Não somos uma sweatshop (termo pejorativo para um local de trabalho que tem condições de trabalho muito precárias) onde se capitaliza sobre os desequilíbrios de benefícios face a países com economias mais desenvolvidas que as nossas», pois «contratamos o melhor talento de Portugal para criar equipas que estão a liderar a transformação tecnológica dos nossos clientes», concluiu o gestor.

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