Tendências de contratação para o primeiro trimestre 2017

O ManpowerGroup Employment Outlook Survey para o primeiro trimestre de 2017 revela as perspectivas dos empregadores portugueses em relação ao emprego. Saiba quais os sectores que mais vão contratar.

De acordo com o estudo do ManpowerGroup, o emprego continuará a aumentar de forma moderada no primeiro trimestre de 2017, com as Grandes Empresas, a Restauração e Hotelaria e a região Sul a serem responsáveis pelas melhores perspectivas.

No primeiro trimestre de 2017, os candidatos a um emprego em Portugal vão beneficiar de um contexto de contratação favorável, embora modesto. Dos 626 empregadores portugueses inquiridos pelo ManpowerGroup Employment Outlook Survey, 12% prevê aumentar a sua força de trabalho, 7% antecipa reduzi-la e 75% não perspectiva alterações, o que se traduz numa projeção para a criação líquida de emprego de mais 5%.

Nuno Gameiro, country manager da ManpowerGroup Portugal sublinha que «os três trimestres analisados indicam que a projecção para a criação líquida de emprego em Portugal se mantém, na maioria dos sectores e regiões, em terreno positivo e a evoluir a um ritmo moderado. Como Portugal integra esta projecção pela terceira vez, não é possível ainda encontrar padrões e tendências mais consistentes, fazer comparativos com trimestres homólogos ou compensar o efeito da sazonalidade, o que reforçará a credibilidade deste estudo já realizado há mais de 50 anos em 43 mercados e reconhecido como uma das projecções trimestrais mais fiáveis para a evolução do mercado de trabalho», destaca.

Em termos sectoriais, o inquérito revela que os empregadores portugueses da Restauração e Hotelaria são os que projectam maior criação líquida de emprego ( mais 15%), seguidos pelos empregadores dos Transportes, Logística e Comunicações (mais 12%), da Agricultura, Floresta e Pescas (mais 7%) e do Comércio Grossista e Retalhista ( mais 6%). No lado negativo, apenas a projecção para o Fornecimento de Electricidade, Gás e Água ( menos 4%).

Em comparação com o último trimestre de 2016, existe um reforço das projecções para a contratação em seis dos nove sectores analisados. Em sentido inverso, as perspectivas decresceram em dois sectores, observando-se uma diferença mais considerável, de 16 pontos percentuais (pp), nas Finanças, Seguros, Imobiliário e Serviços e menos dilatada, de 6 pp, no Fornecimento de Electricidade, Gás e Água.

A contratação deverá prosseguir em terreno positivo nas três grandes regiões do país e as melhores perspectivas estão no Sul, onde os empregadores projectam uma criação líquida de emprego de mais 11%. Tanto no Norte como no Centro, é antecipado um aumento de 3%. A melhoria mais significativa é perspectivada no Sul do país – que no trimestre anterior previra uma redução da contratação-, onde aumentou de 3% para 11%. Inversamente, o Norte antecipa um declínio de 8 pp face ao trimestre anterior (de 11% para 3%).

Na área do Grande Porto, as perspectivas estão ligeiramente acima das da região Norte, com uma projecção para a criação líquida de emprego de 4%, enquanto na Grande Lisboa acontece o contrário, com uma projecção de 1%.

Em termos de dimensão, são os empregadores das Grandes e Médias Empresas os que apontam para um aumento mais significativo da criação líquida de emprego, de mais 15% e 12%, respectivamente, o que significa uma melhoria de 9 e 5 pp face ao trimestre anterior. A projecção dos empregadores das Micro Empresas e das Pequenas Empresas antecipa a manutenção da força de trabalho existente (0%).

Globalmente, os empregadores mantêm perspectivas de contratação positivas em 40 dos 43 países e territórios analisados, onde foram inquiridos um total de 59 mil empregadores.

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