Tony Li, Huawei: O capital mais valioso

«Fazer crescer o capital humano é mais importante do que fazer crescer o capital financeiro. Essa visão ajuda-nos a criar valor a longo prazo.» Quem o afirma é Tony Li, CEO da Huawei Portugal, que não tem dúvidas de que o recurso mais valioso da empresa «são os cérebros dos colaboradores».

 

Por Ana Leonor Martins | Fotos Nuno Carrancho

 

São esses “cérebros”, mais de 194 mil a nível global, que fazem da Huawei uma das empresas mais inovadores do mundo. Mas não só. Por detrás está uma cultura muito própria, nem oriental nem ocidental, mas uma cultura de linguagem universal, focada em ajudar o cliente a alcançar o sucesso, em contribuir para o crescimento da empresa e em investir para que os colaboradores tenham mais oportunidades.»

E é também uma cultura de resiliência, que encontra a sua génese na criação da Huawei, em 1987, num apartamento na China, ainda como revendedor de equipamentos e com um investimento de quatro mil euros, numa altura em que não eram permitidas empresas privadas. E «foram os desafios que a empresa enfrentou desde cedo que a incentivaram a investir na investigação e desenvolvimento dos seus próprios produtos» e que fazem da Huawei a empresa que é hoje, e que tem um sonho: levar o digital a todas as pessoas, lares e organizações, para um mundo inteligente e totalmente conectado.

Em Portugal, a Huawei está presente desde 2004 e tem vindo a registar um «crescimento sustentável», com uma notoriedade interna no Grupo «superior ao peso do mercado».

Tony Li reconhece que é um desafio encontrar as pessoas certas pois, mais do que competências técnicas, procuram pessoas que se identifiquem com os seus valores. Mas pode dizer-se que tem sido um desafio superado, pois contam com vários colaboradores que estão na empresa desde o início. E o “amor à camisola” é algo que transparece.

 

Assumiu a liderança da Huawei Portugal no final de 2018. Como enfrentou esse desafio? Que percepção tinha de um país que, penso, não conhecia?
Tinha a percepção de um país aberto, adepto da inovação e com várias histórias de sucesso. No caso específico do sector das Telecomunicações, reconhecia-o como um mercado competitivo e inovador, com recursos humanos qualificados. E devo dizer que essa percepção é coincidente com a realidade que encontrei quando cheguei.

 

O que lhe foi pedido e que prioridades de acção definiu para lhes dar resposta?
Essencialmente, foi-me pedido para continuar o excelente trabalho realizado pela equipa em Portugal, nos 15 anos de actividade da empresa no País. Um trabalho que, acredito, tem contribuído continuamente para o desenvolvimento e inovação no sector das Telecomunicações em Portugal. Temos um caminho de sucesso e crescimento que queremos manter e reforçar.

 

E quais foram os principais desafios que encontrou quando chegou?
O principal desafio é conseguir ajudar os nossos clientes a serem bem-sucedidos, o que significa crescimento da receita a um custo operacional optimizado. Queremos ajudar os clientes a terem sucesso nos seus processos de digitalização e queremos continuar a trazer a melhor tecnologia para o mercado português, reforçando a nossa sólida posição como parceiro seguro e confiável para operadores, empresas e consumidores portugueses.

 

Volvido pouco mais de um ano, esses desafios evoluíram ou mantêm-se?
Os desafios nunca são estáticos. Estão em constante evolução, assim como a própria Huawei está em constante evolução. Essa é a nossa essência. Desde 2004 que registamos um crescimento sustentável e manteremos nosso compromisso de continuar a trazer inovação tecnológica para o mercado nacional. Pretendemos contribuir, cada vez mais, para implementar em Portugal a nossa visão de levar o digital a todas as pessoas, lares e organizações, para um mundo inteligente e totalmente conectado.

 

Qual é, actualmente, a estratégia da Huawei para Portugal?
Nestes 15 anos no País, estabelecemos laços sólidos com todas as partes interessadas. É um caminho que queremos aprofundar, daí as parcerias que estabelecemos com entidades como a Web Summit, a Startup Portugal, o Teatro Nacional de São Carlos ou com o sistema científico português, através das universidades, apenas para citar exemplos do ano passado.

 

Leia a entrevista na íntegra, na edição de Fevereiro da Human Resources, nas bancas.

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