Tornou-se realidade sem estarmos preparados. Mas estas dicas vão ajudar a gerir equipas à distância

Actualmente, o trabalho remoto é um dos incentivos mais valorizados pelos profissionais quando se encontram em busca de uma nova oportunidade de emprego. Com a pandemia de COVID-19, o trabalho remoto converteu-se repentinamente na realidade diária de um grande número de pessoas e organizações.

 

A Robert Walters explica os quatro fundamentos em que se deve basear o trabalho remoto, de forma a assegurar a máxima eficácia.

1. A transformação do sistema de avaliação 

A gestão do teletrabalho exige uma profunda mudança de mentalidade nos líderes de equipa, que devem basear os seus sistemas de avaliação em resultados, e não no comportamento visível. Para que isso funcione, deve-se estabelecer e manter um ambiente de confiança entre o manager e cada membro da sua equipa.

 

2. A implementação de alternativas (inovadoras) de comunicação
O trabalho flexível pode criar desafios de comunicação, pois os colaboradores podem sentir menor ligação entre si e isto pode resultar num menor sentimento de pertença. Assim, além de ser positivo implementar um horário definido, diário ou semanal, para a equipa se reunir em videoconferência, a Robert Walters também aconselha os managers a usarem ferramentas alternativas e outros canais digitais para fomentar a comunicação ao longo da semana, como mensagens instantâneas e reuniões virtuais, por exemplo através do Skype, Zoom, Workplace ou GoToMeeting, entre outras.

 

3. A criação de uma cultura flexível
As empresas devem criar um ambiente ou cultura corporativa na qual os colaboradores não se sintam em desvantagem ao trabalhar remotamente ou se sintam menos beneficiados do que aqueles que trabalham presencialmente.

Os profissionais que trabalham na primeira modalidade podem não se sentir confortáveis numa situação de distância física com o seu manager ou com os outros colegas de equipa. Assim, é altamente recomendável que os chefes de equipa comuniquem abertamente as diferentes modalidades de trabalho (presenciais, flexíveis, remotas…) disponíveis na empresa com todos os colaboradores, garantindo assim que todos são tratados da mesma maneira e que têm as mesmas oportunidades (dentro do possível).

 

4. A gestão dos perigos do “burnout”
Com o uso de smartphones para trabalhar e a possibilidade de se estar sempre ligado, principalmente trabalhando a partir de casa, a linha entre a vida profissional e a vida pessoal está a esbater-se.

É por isso essencial que os chefes de equipa vão realizando check ups frequentes para garantir que as pessoas em trabalho remoto não estão a trabalhar excessivamente, pois isso pode levar a um elevado nível de stress e a um possível esgotamento físico e mental, ou “burn out”. Os sinais de alarme a que deve estar atento são a redução da produtividade/eficiência, uma indiferença pouco característica da pessoa, ou uma desmotivação visível.

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