Trabalhadores LGBT ganham menos 10% do que o salário médio, revelou a Human Rights Campaign

Trabalhadores da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgéneros) auferem salários 10% inferiores à média nos Estados Unidos, divulgou na quarta-feira a Organização Não Governamental (ONG) Human Rights Campaign (HRC).

Um estudo com 7000 empregados LGBT, que recorreu a dados do Bureau of Labor Statistics (BLS) (departamento de estatísticas laborais), aponta que os ganhos médios são de 900 dólares (cerca de 790 euros) por semana, face aos 1001 dólares (cerca de 880 euros) auferidos em média por um trabalhador nos Estados Unidos.

«Pessoas LGBTQ+ de cor, mulheres e homens transgéneros e pessoas não-binárias (que não se identificam com o género masculino ou feminino) ganham ainda menos em comparação com o trabalhador típico», refere ainda a Human Rights Campaign, uma das maiores ONG de defesa da comunidade LGBT.

As mulheres LGBT ganham em média cerca de 875 dólares (cerca de 770 euros) por semana, enquanto pessoas LGBT de cor auferem 800 dólares (cerca de 700 euros), indígenas e homens transexuais cerca de 700 dólares (cerca de 615 euros) e mulheres transexuais cerca de 600 dólares (cerca de 530 euros).

A ONG alerta que a diferença salarial para pessoas LGBT é «potencialmente maior» visto o estudo apenas recolher dados de trabalhadores a tempo inteiro.

«Embora não tenhamos avaliado as razões subjacentes para essa disparidade, é provável que a discriminação desempenhe um papel importante», destaca.

O estudo destaca que, antes da pandemia COVID-19, uma em cada dez pessoas LGBT estava desempregada, enquanto entre heterossexuais os números assinalam um desempregado em cada vinte.

A HRC pediu também às autoridades para que estas desenvolvam políticas que «fortaleçam as protecções existentes e combatam ainda mais as práticas discriminatórias».

Uma análise do Instituto Williams, de 2019, apontava que aproximadamente 22% dos adultos LGBT nos Estados Unidos vivem na pobreza, em comparação com os cerca de 16% entre os adultos heterossexuais e cisgéneros (pessoa que se identifica com o seu género de nascença).

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