Trabalhar a partir de casa ajuda a poupar milhares de euros. Imagina quanto?

Deslocar-se ao local de trabalho tem, certamente, mais custos do que trabalhar a partir de casa, seja em deslocações ou comida, o que ao final do ano representa milhares de euros, são as conclusões do último relatório da Work From Home Research (WFH), avança a Fortune.

 

As áreas metropolitanas são as mais propensas a aceitar trabalho remoto, considerando que têm uma maior quantidade de trabalhadores e viveram restrições pandémicas alargadas, revela o estudo. Este é um “fenómeno da grande cidade”, segundo os investigadores da WFH num documento da London School of Economics and Political Science (LSE), onde é referido que o trabalho à distância é frequentemente uma vantagem dada à “elite metropolitana”.

Os cálculos da WFH Research, que comparou gastos dos trabalhadores presenciais antes da pandemia com as despesas actuais dos colaboradores que se deslocam ao escritório, consideram apenas despesas perto do escritório, excluindo outras nas quais se poupa quando se trabalha à distância, como a compra de roupa formal ou cosméticos, referiu à Fortune o professor de economia na Universidade de Stanford e um dos autores do documento, Nick Bloom.

Ainda que trabalhar em casa possibilite economizar tempo e comodidade, é necessário considerar-se que, embora se poupe em combustível, gasta-se em electricidade em casa. Como tal, alguns trabalhadores remotos começam a optar por se deslocar ao escritório para não gastar tanto em contas de aquecimento. Nos primeiros quatro meses do ano passado, os americanos gastaram o equivalente a 21 euros a mais em despesas de electricidade e gás do que em 2019, de acordo com dados fornecidos à Fortune pela empresa de pagamentos Doxo.

Um dia no escritório representa uma despesa de aproximadamente 47 euros quando se contabilizam as refeições e o transporte, aponta uma pesquisa da Owl Labs, explicando assim a preferência de muitos colaboradores.

«Trabalhar à distância é muitas vezes uma forma de poupar dinheiro, porque reduz os custos de deslocação a zero, ao mesmo tempo que torna o almoço, café, etc., muito mais acessível», esclareceu o editor sénior do LinkedIn, George Anders, ao comentar que o facto de muitas empresas terem retirado benefícios como almoços ou cafés gratuitos, prevendo uma potencial recessão, não está a ajudar.

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