Volume de negócios das empresas portuguesas estável

A Informa D&B acrescenta que as PME compensam perdas das Grandes e Micro empresas.

De acordo com o estudo da Informa D&B “Desenvolvimento das Empresas (análise preliminar)”, o volume de negócios das empresas portuguesas manteve-se estável em comparação com 2012 (-0,1%), um indicador positivo quando comparado com o verificado em 2012 face a 2011, em que tinha descido 5,6%. Neste indicador, destaca-se o crescimento das Pequenas (+3,3%) e Médias empresas (+2,4%), que quase compensou o valor da queda do volume de negócios gerado pelas Grandes (-1,1%) e Micro empresas (-3,3%).

Das 208 mil empresas analisadas, cerca de 45,7% aumentou o volume de negócios face a 2012 quando, no período anterior, apenas 32,6% tinha visto o seu negócio crescer. Apesar desta melhoria significativa, o volume de negócios decresceu em 49,7% das empresas em 2013, valor que ascendia a 63,4% no período 2012/11.

A maioria dos sectores cresceu em volume de negócios, o que não aconteceu no período anterior, onde a quase totalidade desceu. A Construção registou o maior valor de descida de volume de negócios em 2013/12, -9,5%. Ainda assim, este valor significa metade do decrescimento verificado em 2012 (- 19%).

Emprego: descida menos acentuada; jovens empresas são o único segmento etário que cresce o emprego

Também o emprego apresentou um registo positivo face a 2012, com uma redução menos acentuada do volume agregado de emprego nas empresas (-1,2% em 2013 face a -4,1% em 2012).

Verifica-se que, não só há uma menor percentagem de empresas a reduzir o número de colaboradores (28,1% no período 2012/11 para 24,4% em 2013/12), como aumentam as empresas que mantêm o emprego (58,2% das empresas em 2013) e as empresas que crescem o emprego (17,3% das empresas em 2013).

De novo, destacam-se as jovens empresas, o único segmento etário que cresceu o emprego (4,9%) no período.

A quase totalidade (91%) da descida do emprego é gerada pelas micro empresas (com volume de negócios inferior a 2 milhões de euros), que decrescem em 2,7% o número de empregados em 2013/12, desempenho que, ainda assim, melhorou face ao período anterior. A maioria dos sectores melhora neste indicador, ainda que a maioria não apresente crescimento. Os sectores que crescem o seu número de empregados são as Telecomunicações (3,5%), Agricultura, pesca, pecuária e caça (2,1%) e Actividades financeiras (1,5%). A descida do emprego é essencialmente gerada pela Construção, Retalho e Alojamento e restauração.

Exportações subiram 7%

As exportações do universo analisado cresceram 7% em 2013, depois de terem subido 2,4% em 2012. A representatividade das exportações no volume de negócios do universo das empresas que exportam passou de 32,9% em 2012 para 35% em 2013 e 19,1% das empresas apresentou exportações em 2013, contra 18,1% em 2012.

Todos os segmentos de dimensão por volume de negócios viram as exportações crescer, em especial as Pequenas e as Grandes empresas que apresentam um crescimento de exportações de 8,9% e 7,7% respectivamente. As Grandes empresas são responsáveis por 62% do crescimento das exportações deste universo.

A quase totalidade dos sectores subiu as exportações, concentrando-se as vendas ao exterior maioritariamente (70%) nas Indústrias Transformadoras (52%) e Grossistas (18%), sectores que viram as exportações crescer 6,6% e 11,8%, respectivamente.

Para o estudo do Desempenho das Empresas em 2013 (análise preliminar), foram consideradas todas as empresas com actividade comercial e que apresentam em cada período (2013/12 e 2012/11) facturação para os dois anos analisados. Foram analisadas as empresas que cumprem este requisito e que apresentaram as contas até 30 de Agosto, correspondendo a 77% do tecido empresarial português.

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