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World Economic Forum alerta para os riscos para os quais devemos estar preparados a curto-prazo
“Recessão global prolongada”, “elevado desemprego” e “proteccionismo” dominam a lista das preocupações das empresas a curto-prazo, de acordo com o relatório COVID-19 Risks Outlook: A Preliminary Mapping and Its Implications do World Economic Forum.
A última actualização do “Global Risks Report” apresenta uma fotografia preliminar de riscos familiares, que podem ser amplificados pela crise provocada por esta pandemia e por novas que possam emergir. Dois terços dos respondentes identificaram a “recessão global prolongada” como a grande preocupação para as empresas.
Já metade (50%) dos inquiridos identificou como preocupações cruciais a falência e consolidação da indústria, falha na recuperação das indústrias e interrupção nas cadeias de fornecimento.
Com a rápida digitalização da economia no centro da pandemia, os ataques cibernéticos e fraude de dados são as maiores ameaças – de acordo com metade dos respondentes – enquanto que a quebra das infraestruturas e das redes de IT está também no topo das preocupações. As disrupções geopolíticas e as apertadas restrições no movimento de bens e pessoas constam igualmente do topo da lista de preocupações.
O relatório indica ainda que a instabilidade económica e o descontentamento social vão aumentar nos próximos 18 meses a menos que os líderes mundiais, empresas e responsáveis políticos trabalhem em conjunto para gerir as consequências da pandemia. Mas há medida que as economias reiniciam, há uma oportunidade para integrar uma maior igualdade social e sustentabilidade nesta recuperação, o que poderá desencadear uma nova era de prosperidade.
Ao analisar as interconexões entre riscos, o relatório apela a que os líderes ajam no imediato contra uma avalanche de futuros choques sistémicos, tal como a crise climática, a turbulência geopolítica, o aumento da desigualdade, pressão na saúde mental das pessoas, lacunas no governance tecnológico e a contínua pressão nos sistemas de saúde.
A longo-prazo, estes riscos terão sérias e profundas implicações para as sociedades, para o ambiente e para o governance do avanço tecnológico. O que reforça os alertas do Global Risks Report 2020, em que especialistas e decisores mundiais classificaram os riscos ambientais como os cinco principais riscos globais da próxima década, alertando também para as tensões já existentes nos sistemas de saúde.
O relatório, produzido em parceria com a Marsh & McLennan e o Zurich Insurance Group, explora as perspectivas de cerca de 350 gestores de risco, aos quais foi solicitado que perspectivassem os próximos 18 meses, classificando as suas principais preocupações, em termos de probabilidade e de impacto, para o mundo e para as empresas.