Zona Euro: sinais encorajadores para 2013

Ernst and YoungApesar de um ano agitado na Zona Euro, a união monetária vai entrar em 2013 com uma perspectiva mais optimista face à que tinha há 12 meses atrás.

Contudo, de acordo com as previsões de Inverno da Ernst & Young para a Zona Euro, e apesar dos indícios de estabilidade, existem obstáculos significativos a serem ultrapassados antes que qualquer recuperação possa ter lugar.

As previsões apontam para uma contracção de 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB) da Zona Euro em 2013, prevendo um crescimento anual moderado de 1,3%, entre 2014 e 2016. Com taxas de crescimento semelhantes esperadas para o que resta da década, a divisão Norte-Sul deverá continuar num futuro próximo, com alguns do países do sul da Europa sem previsões de crescimento até 2015.

De acordo com a Ernst & Young, «há muito a fazer por parte do Banco Central Europeu (BCE) e dos Governos da Zona Euro, para extinguir as preocupações remanescentes. Existem, no entanto, sinais encorajadores de que o conjunto de políticas adoptadas pelos Governos da Zona Euro estão a mudar para um maior investimento em políticas direccionadas para o crescimento económico».

Marie Diron, senior economic adviser da Ernst & Young comenta, «Os mercados parecem estar hoje mais convictos da sobrevivência da Zona Euro, do que no inicio do verão. Contundo, as taxas de crescimento dentro da Zona Euro vão continuar divididas, com os países das economias principais a superarem os países periféricos que se encontram em dificuldades, com os últimos a lutarem para crescer nos próximos anos»

Este vai ser um ambiente difícil de operar para empresários e políticos. Os empresários precisam de planear uma resposta para uma “década perdida” na Europa, com o crescimento a manter-se tímido e com as taxas de desemprego a continuarem a subir em 2013, chegando quase aos 20 milhões. É esperado que o desemprego seja mais alto e difícil de combater nas economias europeias periféricas, com previsões de desemprego de 28% para a Grécia, 26% para Espanha e quase 17% para Portugal, alerta a Ernst & Young.

A responsável da Ernst & Young conclui dizendo: «Apesar de haver alguns indicadores positivos para a Zona Euro, este é apenas o início de um longo caminho que temos que percorrer. Medidas adicionais direccionadas para uma união fiscal e bancária, a introdução de Eurobonds e a total implementação do Pacto de Crescimento, devem ajudar a começar a restaurar a confiança, apesar de ser improvável que alterem os níveis de crescimento e da procura, no curto prazo».

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