Mais de 5000 migrantes inscritos para menos de 1300 vagas de estágios no Turismo

Mais de 5000 migrantes, oriundos de 75 países, inscreveram-se no Programa Integrar para o Turismo, para 1299 vagas abertas por 329 empresas candidatas, informou o Turismo de Portugal, em comunicado.

«As 329 empresas que aderiram ao Programa de Formação e Integração de Migrantes e Beneficiários de Protecção Internacional no Sector do Turismo, uma das medidas do programa governamental Acelerar a Economia, disponibilizam 1299 vagas para estágios», indicou a autoridade turística.

O programa vai, assim, formar e integrar 1299 migrantes, e não 1000, como estava inicialmente previsto.

Segue-se agora a fase de selecção dos 5378 migrantes que se candidataram, oriundos de 75 países, sobretudo Brasil, Angola, Índia, Nepal, Paquistão e Bangladesh.

Segundo o Turismo de Portugal, Lisboa foi o distrito com maior número de candidatos (1821), seguindo-se o Porto (931) e Setúbal (567).

Mais de metade dos candidatos tem o equivalente ao ensino secundário, 59% são do sexo feminino e 41% do masculino.

As áreas mais representadas são a hotelaria, restaurante/bar, padaria e pastelaria, restauração, alojamento local, turismo em espaço rural e turismo de habitação, catering e animação turística.

Após a selecção, vão ser constituídos 40 grupos com 25 migrantes cada um, para a fase de formação que vai decorrer em toda a Rede de Escolas do Turismo de Portugal e, eventualmente, em cidades onde, não havendo aquelas instituições, seja possível fechar parcerias para o efeito.

Os estágios nas empresas começam em 1 de Junho, sendo que, até final de Outubro, todos os estágios têm de se ter iniciado.

Para o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, citado na mesma nota, esta iniciativa, «ao reforçar a qualificação da mão de obra e, simultaneamente promover a inclusão social, vem contribuir não só para o fortalecimento da competitividade e resiliência das empresas do sector, mas também torna Portugal num destino ainda mais sustentável, inovador e atractivo».

Já o presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, destacou «a adesão significativa ao programa» e salientou que «num período marcado por desafios demográficos e de recursos humanos em diversas áreas de actividade, esta iniciativa reforça a importância do turismo como um motor de inclusão e desenvolvimento económico, beneficiando tanto os trabalhadores como as empresas que os acolhem».

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