O que leva as pessoas a querer mudar de emprego?

O reconhecimento e o relacionamento com chefias e colegas são apontados como motivos que levam os profissionais em Portugal a procurar um novo projecto profissional, segundo um estudo da Michael Page. Conheça as restantes conclusões.

 

De acordo com um inquérito, realizado junto de 640 profissionais em Portugal, a maioria (98,1%) refere que o reconhecimento do seu trabalho, o relacionamento com os colegas e chefias  (97,8%) e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional (97,3%) estão no topo das motivações que levam a uma mudança de emprego.

O facto de uma empresa ser socialmente responsável é valorizado pela maioria dos candidatos (97,1%), enquanto o aumento salarial é apontado por 86,3% dos inquiridos como um dos principais motivos para a mudança.

A paridade e a igualdade de género numa empresa é também apontada por 72,5% dos inquiridos, com maior predominância por parte das mulheres (78,8%), como um factor de mudança de trabalho.

Já no relacionamento com a chefia, 68,8% dos candidatos valoriza a liderança e o respeito.

Por outro lado, a mobilidade internacional e a possibilidade de trabalhar a partir de casa vários dias por mês são critérios menos valorizados (53,3%).

Quando inquiridos sobre as empresas mais atractivas e no top of mind para trabalhar em Portugal, a maioria dos candidatos seleccionou a Sonae, a EDP, a Galp, a Microsoft, a TAP, a Nestlé e a Google.

Mais de 60% refere que trabalhar um grupo com mais de 5000 colaboradores ou numa empresa de grande dimensão, entre 250 e 4999 funcionários, proporciona mais oportunidades de formação, desenvolvimento de conhecimento e experiência relativamente a uma pequena e média empresa.

No entanto, cerca de metade considera como vantagens de trabalhar em empresas mais pequenas, com menos de 250 colaboradores, o ambiente proximidade e a qualidade de vida no trabalho, quer seja no aspecto ambiental ou nas políticas da empresa.

“É interessante verificar como a qualidade de vida e do ambiente de trabalho ganham cada vez mais importância para os profissionais de hoje, ultrapassando, no caso dos inquiridos do nosso estudo, temas como o salário», faz notar Álvaro Fernández, director geral da Michael Page Portugal.

Para o responsável, «é fundamental que as empresas estejam muito atentas à evolução das expectativas dos profissionais, que procuram cada vez mais projectos com resultados rápidos e um propósito claros», sublinhando que, «apenas através da adaptação à nova mentalidade conseguirão atrair o melhor talento».

Relativamente ao tipo de contrato de trabalho, 83,8% prefere um contrato sem termo, sendo os candidatos entre os 30-49 anos mais predispostos a esta opção (86,4%). Esta é também a principal opção dos candidatos a cargos de Direcção, com uma representação de 89%. Cerca de 17% não se importam de desenvolver esta função como freelancers.

Mais de 70% dos inquiridos, com menos de 30 anos, valorizam igualmente os contratos com e sem termo certo, e apenas 10% refere o estágio como uma opção para o enriquecimento pessoal.

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