8 tendências que vão transformar o mundo digital

O relatório Fjord Trends 2017 apresenta um olhar crítico sobre os desenvolvimentos digitais que terão lugar em 2017, de acordo com a Fjord, empresa de design e inovação da Accenture Interactive.

 

Se o ano de 2016 nos ensinou alguma coisa, foi que as tecnologias digitais e a hiperconectividade estão a colocar a inovação liderada pelos utilizadores mais rápido do que nunca no mercado. As organizações de sucesso são hoje aquelas que melhor se adaptam e respondem à mudança contínua. Neste contexto, a Accenture lançou o Fjord Trends 2017, o décimo e mais crítico relatório anual que examina as mais significativas tendências digitais emergentes e que devem impactar as organizações e a sociedade durante 2017.

Três temas surgiram, desafiando normas e pressupostos antigos. O aparecimento do veículo autónomo, as casas inteligentes e os assistentes digitais estão a criar novos ecossistemas que estão a ameaçar o domínio do smartphone como o principal centro de comando das nossas vidas. Em paralelo, o storytelling assume novos formatos através da popularidade das histórias ao vivo, de conteúdo pessoal, e de como são transmitidas. E a expansão das experiências sociais surgirá como um factor que as organizações terão de considerar caso queiram ter êxito no mundo real.

«Esta época está a tornar-nos mais inteligentes e a promover o potencial humano, criando serviços úteis e relevantes através de uma gama alargada de ambientes digitais», refere Mark Curtis, CCO da Fjord.

«Os interfaces estão a tonar-se mais rápidos, mais pequenos e automatizados, e as organizações precisam de se adequar a ambientes cada vez mais dinâmicos, adaptáveis e imersivos. O nosso décimo relatório anual de Trends pretende desafiar, informar e inspirar, mas, acima de tudo, oferecer novas perspectivas sobre o design para um mundo onde a  experiência impera».

O Fjord Trends 2017 examina oito tendências digitais que devem moldar a próxima geração de experiências:

1.Pessoas felizes: Reformular para inovar. As organizações terão de se reformular para inspirarem o pensamento criativo e se centrarem mais nas pessoas. Vão consegui-lo ao aumentarem a escala dos princípios e práticas da inovação para fazer acontecer uma transformação mais ampla na organização.

2.Marcas ampulheta: Não ficar preso no meio. Num contexto de marcas polarizado, as marcas estagnadas entre a concorrência terão de mudar de estratégia e inclinar-se para um objectivo claro ou adoptar uma perspectiva “nós podemos fazer qualquer coisa”.

  1. Realidade combinada: Para lá da RA vs RV vs RM. À medida que a Realidade Mista (RM) se assume como a corrente principal, as organizações vão afastar-se das Realidades Aumentadas (RA), focando-se no aproveitamento e combinação de todos os tipos de realidade.
  2. Mundo sobre rodas: Vá devagar para ir mais rápido. Com os veículos autónomos tão próximo de se tornarem parte da vida quotidiana, as organizações terão de concentrar a atenção no carro como um ambiente móvel conectado no qual as coisas acontecem através de vários dispositivos. Os líderes devem explorar outras formas de integrar as experiências entre o automóvel e a casa.
  3. Casas sem fronteiras: A assistência doméstica ganha voz. As organizações terão de olhar para além de estratégias centradas em dispositivos, para se focarem em experiências e serviços projectados para a casa que melhor satisfaçam os desejos e necessidades dos consumidores.
  4. Histórias efémeras: O que se segue, agora que todos nós somos “contadores de histórias”? O conteúdo das marcas está a mudar de um modelo de “contar histórias” para outro onde se “criam histórias” – ou seja, concebendo histórias sobre aquilo que as marcas fazem, em vez de sobre aquilo que elas contam. Os “donos” das marcas vão dar um passo atrás de forma a que o público crie as suas próprias histórias de conteúdo pessoal, muitas vezes efémero.
  5. Eu e a Inteligência Artificial (IA): Humanizar os chatbots. Enquanto a IA evoluiu exponencialmente, em 2017 vamos assistir a uma mudança na abordagem das organizações no desenvolvimento de produtos e serviços à medida que a Inteligência Emocional se torna um factor diferenciador de IA.
  6. Consequências imprevistas: Foco no cliente. As organizações vão centrar-se não só nas experiências do seu cliente e colaborador, mas também nas suas experiências sociais para se protegerem contra consequências indesejadas das suas actividades.

O Fjord Trends 2017 tem por base as ideias de mais de 800 designers e programadores da Fjord de todo o mundo, baseadas em observações em primeira mão, investigações de terceiros e trabalho com clientes.

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