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Em Portugal há mais ataques cibernéticos do que na Europa e no mundo (em média)
De acordo com a Check Point® Software Technologies, Portugal viu crescer o volume de ataques cibernéticos durante o tempo de confinamento devido à pandemia COVID-19. Foram registados 377 ataques semanais por organização, um valor que está acima da média europeia e mundial.
Portugal tem sido alvo de ataques cibernéticos multivetor, que apostam na exploração de qualquer ponto fraco e inseguro existente nas infraestruturas das organizações. Estes ataques têm sido predominantemente (90%) efectuados via campanhas de e-mail phishing.
A tipologia de ameaças a que as empresas portuguesas têm sido alvo ultrapassam em muito os valores ibéricos, europeus e mundiais, quer sejam ameaças mobile, ataques bancários, criptomineração, ou botnets, estando somente alinhado com os valores mundiais a nível de roubo de dados (3,1%).
Dados coligidos pela equipa de investigação da Check Point, correlaciona este acréscimo de ataques no mercado português com o momento de confinamento pandémico a que a população portuguesa foi obrigada a meio de Março, forçando a uma brusca mudança de comportamentos dos utilizadores, com o recurso ao trabalho remoto.
O trabalho remoto levou a que as empresas tivessem que disponibilizar informação de negócio de forma distribuída e facilmente acessível através de muitas ferramentas que não se encontram seguras ou monitorizadas pelos seus departamentos de TI. Este facto, permite aos cibercriminosos explorar a oportunidade dos utilizadores, na sua maioria, trabalhar em casa em ambientes desprotegidos ou com protecção de segurança mínima para poder efectuar ciberataques massivos e sofisticados que permitam o acesso à informação sensível das empresas, sem que sejam detectados no primeiro momento.
A estas situações, a equipa da Check Point, reforça a necessidade de educação dos empregados, bem como a adopção de ferramentas de cibersegurança capazes de proteger e prevenir qualquer tipo de ataque, inclusivamente os desconhecidos, atá ao dispositivo final de cada utilizador, criando desta forma um ecossistema seguro para os dados e informação empresarial.
«É deveras preocupante ver os dados que temos sobre o aumento da cibercriminalidade em Portugal. Nunca tivemos uma situação tão crítica no nosso país. Ao vermos este movimento a acontecer durante o tempo de confinamento, podemos desde já esperar um volume de ciberataques às organizações portuguesas ao longo dos próximos meses. Muitos destes ataques só revelarão a sua actividade e intuito final dentro de meses, quando conseguirem ter informação suficiente sobre as organizações e que possam comprometer o normal funcionamento das mesmas. As empresas têm que começar desde já tentar sanar este problema, mesmo que saibamos que o pior já sucedeu. É importante que de uma vez por todas, passemos a ter uma visão preventiva para que não cheguemos a sentir o impacto de um ataque, porque no momento em que se descobrir o vírus, os dados já estão comprometidos. Na Check Point procuramos apostar nesta prevenção de cibersegurança com uma solução de segurança integrada que permite garantir a segurança de dados e pessoas», explica Rui Duro, Country manager da Check Point Software para Portugal.
Os dados apresentados pela Check Point foram recolhidos através do ThreatCloudTM da Check Point, uma rede colaborativa de luta contra o cibercrime, que disponibiliza informação e tendências sobre ciberataques através de uma rede global de sensores de ameaças.