
Sabe o que é um currículo cego?
O sonho de muitas pessoas que se sentem prejudicadas durante a análise e a selecção num processo de recrutamento por causa de um julgamento preconceituoso por parte do recrutador, pode tornar-se realidade. Quem o afirma ao site Catho é Allan Lopes, especialista em gestão de performance e processos de mentoring e coaching aplicados ao ambiente corporativo.
Num processo onde a selecção é feita “às cegas” os currículos têm as suas informações pessoais omitidas. O recrutador não tem acesso ao nome do candidato, ao seu endereço, nacionalidade, género ou idade. Isto para que seja feita uma análise neutra, sem a influência dos seus julgamentos inconscientes.
Esta prática tem vindo a ganhar terreno como forma de evitar que bons candidatos sofram ou sejam eliminados do processo selectivo devido a uma opinião sexista ou racista.
O processo de selecção de profissionais encerra uma série de métodos e procedimentos de modo a minimizar a análise baseada em julgamentos ou preconceitos do recrutador. A primeira alínea com que toda empresa se deve preocupar é em desenvolver uma estrutura de Recursos Humanos sólida e coerente.
Os Recursos Humanos também passam por formação para evitar julgar e analisar os candidatos apenas baseando-se nas suas experiências pessoais. Estas formações ajudam o recrutador a avaliar os profissionais apenas pelos requisitos técnicos e comportamentais que apresentam. Assim, é muito importante a preparação e a manutenção contínua dos comportamentos éticos e técnicos dos profissionais de Recursos Humanos.
É ainda fundamental que as empresas incentivem discussões e proponham programas de inclusão à diversidade, sendo esta a melhor forma de melhorar o problema da discriminação e do preconceito que não existe apenas no processo selectivo, mas em todas as áreas da empresa.