Isabel Borgas, NOS: Pessoas no centro = Empresas com alma

Isabel Borgas, directora de Pessoas e Organização da NOS, acredita que «mais de 70% das empresas já têm o seu modelo de trabalho pós-pandemia pensado, e para muitas até já está fechado. Será híbrido, certamente, com alguns dias obrigatórios no escritório e outros em homeoffice. Mas não será só o modelo de trabalho a mudar, mudará também o layout dos espaços, tornando-os mais colaborativos». Leia a sua análise aos resultados do XXXV Barómetro Human Resources.

 

«Os resultados do Barómetro Human Resources revelam de forma clara e inequívoca os principais impactos da pandemia na Gestão de Pessoas: não é possível pensar futuro sem pensar em modelos de trabalho híbridos; os conceitos de work, workforce e workplace estão longe de estar cristalizados; o bem-estar nas organizações reforça-se como prioridade estratégica. Mais de 70% das empresas já têm o seu modelo de trabalho pós-pandemia pensado, e para muitas até já está fechado. Será híbrido, certamente, com alguns dias obrigatórios no escritório e outros em homeoffice. Mas não será só o modelo de trabalho a mudar, mudará também o layout dos espaços, tornando-os mais colaborativos – como revelam 45% das respostas; e vão ter de mudar as actividades realizadas no escritório versus as que se fazem em casa.

O grande desafio vai ser encontrar o equilíbrio certo entre a viabilidade e a flexibilidade do modelo – que funções, quantos dias, com que dinâmica. E o bem-estar veio para ficar. O alerta é lançado pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS), que estima em forecast que, em 2030, o maior risco de saúde no planeta será a depressão. E as empresas já o estão a sentir – com 50,91% a reconhecerem que, ainda que ligeiro, o impacto da pandemia fez-se sentir, sobretudo, na saúde mental dos seus colaboradores. Se o último ano foi particularmente desafiante para a gestão de topo das empresas, e em particular para os gestores de pessoas, cujo foco tem estado em assegurar a continuidade de negócio e a motivação e engagement dos seus colaboradores, os que se avizinham não o serão menos!»

 

Este testemunho foi publicado na edição de Abril (nº. 124) da Human Resources, no âmbito da XXXV edição do seu Barómetro.

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