O canudo ainda vale a pena?

Apenas 14% dos recém-graduados em Portugal ocupam cargos que não exigem canudo. De acordo com o 5.º Relatório CYD, relativo ao ano de 2018, o país ocupa o 27.º lugar do ranking entre os 28 Estados-membros.

 

Quer isto dizer que Portugal faz parte dos países da União Europeia (UE) com as melhores taxas de empregabilidade para os recém-graduados. Acima dos portugueses, encontram-se apenas os luxemburgueses (8%).

Olhando para o extremo oposto da tabela publicada pela Fundação CYD (Conhecimento e Desenvolvimento), o panorama é, no entanto, menos animador para profissionais com formação superior em países como na vizinha Espanha (37,6%), no Chipre (35,6%) e na Grécia (33,9%), com valores que contrastam com a média europeia (cerca de 23%), nos quais a oferta de emprego está longe de dar resposta à procura existente.

Irlanda, Áustria, Reino Unido, Eslováquia, Bulgária, Lituânia e França completam os últimos 10 lugares da lista de países da UE onde muitos diplomados acabam por só encontrar trabalho fora da sua área de formação, ao contrário do que seria de esperar para profissionais com altos níveis de educação.