Portugueses têm menos vontade de emigrar

De acordo com o Guia do Mercado Laboral da Hays, em 2019 verificou-se uma menor taxa de disponibilidade, por parte dos profissionais, para trabalhar no estrangeiro (35%). Este é o valor mais baixo, desde 2010. Saiba em que área esta realidade menos se faz sentir. E conheça os países de eleição.

 

Quanto à disponibilidade de trabalhar no estrangeiro por sector, o sector de Retalho (50%) destaca-se como sendo aquele em que mais profissionais estão dispostos a trabalhar no estrangeiro, passando para o topo da tabela com uma subida de 8 pontos percentuais, comparativamente ao ano anterior. De seguida, Banca e Seguros (44%), Life Sciences (40%), Turismo e Lazer (40%) e Legal (39%).

Em relação aos destinos eleição para emigrar foram apontados, Espanha (49%), Reino Unido (38%), Alemanha e Suíça (29%) e Holanda (28%).

Dos profissionais que trabalham fora do país, 19% trabalha nas áreas de Engenharia, 14% na área das Tecnologias de Informação (14%) e 10 em Contabilidade e Finanças.

Quando questionados sobre os motivos que os levaram a sair do país, 25% dos inquiridos referem que não ter encontrado oportunidades de emprego em Portugal, 21% indicam ter recebido uma melhor oferta no estrangeiro e 15% por motivos de ordem pessoal.

O Guia do Mercado Laboral 2020 revela que os profissionais que trabalham no estrangeiro aparentam estar satisfeitos com a qualidade de instalações (84%), ambiente de trabalho (83%), localização geográfica da empresa (82%), projecto/função (81%) e pacote salarial (80%). Como ponto contrário estão pouco satisfeitos com a perspectiva de progressão (48%), comunicação interna (40%), prémios de desempenho (37%), cultura empresarial (34%) e formação (33%).

Já os profissionais que trabalham em Portugal estão satisfeitos com a localização da empresa (79%), horários (76%), qualidade das instalações (75%), situação contratual (75%) e ambiente de trabalho (72%). Como oposição, estão insatisfeitos com perspectivas de progressão de carreira (74%), prémios de desempenho (71%), comunicação interna (62%), pacote salarial (62%) e formação (61%).

Por fim, na perspectiva de 46% dos profissionais que se encontram no estrangeiro, a imagem de Portugal melhorou no país onde residem, o que revela uma melhor percepção externa de Portugal. Para além disso, 44% destes profissionais sentem que a situação económica em Portugal melhorou, mas que o mercado de trabalho português se mantém igual, afirmam 41% dos inquiridos.

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