«Precisamos de viver com improviso e criatividade»

António Ramalho, presidente da Infraestruturas de Portugal, foi o orador de encerramento. Com o tema “As pessoas, as empresas…teremos de ser ambidextras?”

António Ramalho inicia a sua intervenção com algumas reflexões sobre as novas questões que surgem todos os dias na qualidade de líder.

«Teremos mesmo de ser ambidextros nas empresas? A gestão parece-me dextra. Deste lado direito temos: a cultura, o adn, a missão, a herança, a estratégia, as expectativas, o alinhamento, o método… As empresas dextras são boas para ultrapassar a crise. Uma vez que se alinha toda a organização, no sentido de se guiar pelo que é prioritário e estratégico».

Por seu lado, a gestão “esquerdina” é interpretada da seguinte forma pelo presidente da Infraestruturas de Portugal. «Esta forma canhota altera profundamente os modelos de regulação. É o fim da auto-regulação, podendo implicar riscos reputacionais. No entanto é uma forma d egestão com um especial enfoque na diversidade cultural, de género e etária. Sou um defensor da diversidade de género, conseguimos conceitos muito melhores se houver diversidade», sublinha.

E conclui com a partilha de uma série de casos em que a tecnologia tornou inúteis várias empresas, falando da dicotomia entre os “new comers” e os “new losers”. «Há negócios que mudam, soluções que se alteram. Eu que sou tão dextro, não vos quero deixar de dizer que preparar o futuro é gerir de forma diferente. Precisamos de viver com improviso e criatividade. Mas cuidado não invente de mais, as empresas devem ter prioridades», vaticina.

Por TitiAna Barroso

Ler Mais