Sabe o que é um Full-Stack developer? Está entre os perfis mais procurados hoje em dia

O contexto económico e técnico que vivemos, aliado à crise na saúde, acelerou a corrida ao digital. A web e o mobile são dois dos veículos desta corrida. 

Por Alexandre Marreiros, formador da FLAG, na área de desenvolvimento e programação

 

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Portugal qualifica-se hoje como um polo tecnológico da Europa, uma oportunidade única para a nação e para os profissionais que se consigam qualificar.

Prevê-se que as empresas, apesar da necessidade e escassez de profissionais da área do desenvolvimento, terão de lidar com uma contração da economia, tornando mais exigente o desempenho dos programadores.

Estes ângulos de visão permitem vislumbrar boas oportunidades para os profissionais mais qualificados. Este contraste, é já visível no tipo de perfil que os profissionais de recursos humanos procuram nos anúncios que apresentam nos dias de hoje.

Um Full-Stack developer consegue assumir o papel de pivot da equipa pela sua capacidade de entender e intervir em todo o projeto, podendo até mesmo desenvolvê-lo de uma ponta à outra como acontece em muitas startups.

Um curso de Full-Stack permite criar as fundações para esta empreitada, anulando zonas cinzentas e qualificando os profissionais para o papel de arquiteto de software da equipa de que fazem parte.

Os “gaps” existentes entre diferentes perfis de programação associados a um projecto e algumas necessidades de conhecimento – que acabam por ficar numa zona cinzenta se olharmos para o desenvolvimento apenas pela lente do front-end ou de back-end – são anulados pela visão do Full-Stack developer.

A título de exemplo, um dos conhecimentos mais relevantes para o trabalho de front-end é o conhecimento do protocolo HTTP que tipicamente é atribuído ao leque de conhecimentos dos programadores de back-end.

Um Full-Stack developer poderá adquirir as skills necessárias para:

– Construir e entender modelos de base de dados;

– Implementar API’s e código transicional de Back-end;

– Implementar soluções sofisticadas de Front-end;

Tendo estas capacidades, mais facilmente conseguirá também olhar com um sentido mais crítico para uma solução que necessite de algum tipo de evolução ou manutenção.

Apesar de um perfil mais transversal, este tipo de profissional poderá especializar-se mais na componente de front-end ou back-end, mas sem dúvida que pela sua formação conseguirá mais facilmente preparar ou dar seguimento ao trabalho de uma equipa multidisciplinar.

Este perfil traz de volta o paradigma do software developer completo que esteve na génese do nosso mercado e de alguns dos maiores gigantes da indústria como a Apple, Microsoft ou Google.

No contexto de alta velocidade de mudança e evolução de paradigmas, tecnologias, linguagens e ferramentas, a formação de Full-Stack abre os nossos horizontes para que possamos acompanhar a evolução tecnológica de forma mais segura, e qualificar para o sucesso a que os tempos que se avizinham nos desafiam.

 

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